terça-feira, 24 de abril de 2012

CAMINHOS DE DEUS








“Somos caminhos que Deus usa.”

Senhor, do alto sei que vês melhor,
quanto mais se sobe, maior a visão;
Teus olhos abrangem a eternidade:
contemplam o sol em sua imensidade,
vêem o verme a se arrastar no chão.

Para que então ficar gritando ao mundo:
olha o que tenho, o que sei, que sou?
Se lá do alto vês o mundo todo,
Tu sabes, Senhor, onde eu estou.

Tu sabes por que vim ao mundo,
tens uma missão pra mim.
Nada mais falta que submissão,
dizer – Ordena. Abrir o coração.
Ouvir a ordem e obedecer assim:

Sem importar a obra que a mim couber,
ou o lugar em que meu campo esteja.
Pode ser obscura minha atuação,
o que me importa é Tua aprovação,
ser tudo aquilo que queres que eu seja.

Talvez não tenha a sorte das estrelas
que belas cintilam, dando inspiração.
Talvez meu campo seja o mais mesquinho;
que me importa, se me tornar caminho
por onde passe a Tua compaixão?

Foram caminhos os servos do passado,
através de História um traço de luz:
Abraão, Moisés, José, Rute, Davi,
Jonas, Ester foram no tempo aqui
apenas caminhos em direção da cruz.

Os que vieram depois também são caminhos
por onde a graça de Jesus passou
em busca do oprimido e do aflito,
caminhos que se fundem no infinito
no Único Caminho que um dia me salvou.

Agora, Senhor, a minha prece:
eu quero a graça de participar,
se não posso ser um caminho brilhante,
faze-me atalho na serra distante
mas onde o mundo veja Teu amor passar.

Usa-me, Senhor, durante todo o tempo,
para que no dia em que voltar ao céu,
possa dizer-Te, com um sorriso doce:
- Nada fiz, nada ajuntei, eu nada trouxe,
na terra fui apenas um caminho Teu.
                                                  
                         Myrtes Mathias

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Vendo a Bia escrever suas histórias,

lembrei-me de algo que aprontei quando era desse tamanho.








Um de meus vizinhos, da mesma idade que eu, quase um irmão, com quem eu brincava o dia inteiro, era o Dirceu filho do Sr. Domingos e Dona Raquel.


Sua mãe era tetraplégica, mas muito bem humorada, e, quase todos os dias, antes de sair de casa, o Sr. Domingos a colocava em um sofá. Quando ela estava indisposta, preferia ficar na cama, e eu sempre ia conversar um pouco com ela, como aconteceu nesse dia.
     
Eu tinha uns cinco anos de idade, eu acho. Tinha brigado com meu irmão, o Edson, e saí meio bravo. Entrei na casa do Dirceu e ficamos brincando ali, não sei por quanto tempo.

Uma certa hora, minha mãe, sentindo minha falta, começou a me chamar, e eu, mesmo ouvindo, não respondi, a princípio, deixando-a
preocupada. Ela pediu que meus irmãos me chamassem, e, logo, todos estavam me procurando, inclusive a tia Carmen, o Toninho, meu primo, minha abuela... Os vizinhos saíram também à minha procura, e eu ali, quietinho.

Nessa hora, mesmo que quisesse aparecer, temia a bronca, então permaneci calado. O Dirceu abriu meia janela e ficou espiando dalí, e eu fiquei atrás da veneziana fechada, olhando pelas frestas.
Todos que o viam ali perguntavam se ele tinha me visto, e ele negava, até que, minha mãe, vendo-o perguntou-lhe:
- Dirceu; Você não sabe onde o Elio esta?
e ele respondeu perguntando:
- Por quê? A senhora vai bater nele?
Ela, então, sorriu aliviada, percebendo que eu estava escondido ali, e disse que não, e já entrou para me buscar, mas eu, rapidamente, me enfiei debaixo da cama da Dona Raquel, que estava no sofá, então, rindo muito de tudo aquilo.
Eu não saia a custo nenhum de meu “esconderijo”, mesmo que todos já me houvessem visto.
Tia Carmen achou que, arrastando a cama, me poria a descoberto, mas eu me agarrei ao estrado e, quando a cama ia para um ou outro lado, eu ia junto.

A saída foi um de meus irmãos entrar debaixo da cama para me "ajudar a sair dali".

Não apanhei, não brigaram comigo, mas me tomei um tremendo sermão.

Ficou na história da família.

Caminhos









Tenha sempre presente,
que, a pele se enruga,
o cabelo se torna branco
e os dias se convertem em anos,
mas o mais importante não muda!
Tua força interior
e tuas convicções
não têm idade.
Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada triunfo, há outro desafio.
Enquanto estiveres vivo,
sente-te vivo.
Se sentes saudades do que fazias,
torna a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amareladas.
Continua,
apesar de todos esperarem que abandones.
Não deixes que se enferruje o ferro que há em você.
Faz com que em lugar de pena,
te respeitem.
Quando pelos anos não consigas correr,
trota.
Quando não possas trotar,
caminha.
Quando não possas caminhar,
usa bengala.
Mas nunca te detenhas!

Madre Tereza de Calcutá

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...