quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A FACE NEGRA DO BRASIL!

A FACE NEGRA DO BRASIL!A FACE NEGRA DOBRASIL!


Como diz o bom Ramalho
Isso é que vida de gado!
Segue gado brasileiro
Eita rebanho cansado!
Enquanto fazem banquete
O gado passa a pão!
e com jogo de cintura
economiza a ração!
Eita gado esforçado
nunca perde a ilusão!
alguém disse na tv
vai em queda a inflação!
Isso é que é vida de gado!
Finge não ver a ganância
E apesar de tapeado
gado não perde a esperança!
Mesmo sendo castigado
Leva o fardo da indecência
E quando fica doente
É só assinar sentença!
Pro gado se aposentar
Dá-lhe fé e muita prece
É só Deus pra ajudar
Gado bom no INSS!
Pobre gado adaptado
A escassez e ao solavanco
Paga o juro abusivo
Quando precisa do banco
gado paga mil impostos
e o dinheiro vai pro ralo
desce na estação da chuva
e o gado morre afogado!
Gado não tem segurança
Também tem gado bandido!
E a boiada que lhe escapa
É quem lhe paga o presídio!
Se escapa do boi bandido
Pobre do gado assaltado!
Se for num fim de semana
Sem B.O. e sem delegado!
O rebanho até que tenta
brigar pelo seu tostão!
Mas de nada lhe adianta
Ainda é gado no busão!
Segue o gado e tenta greve
Do chicote tenta a fuga!
Greve do gado bancário!
Greve do gado que educa!
Mas não adianta pedir
que lhe abaixem os chicotes
que as lapadas cortam o bolso
por culpa de uns black blocs!
Só nos resta a jornada
De janeiro a janeiro!
Que a turma do mensalão
lava o nosso dinheiro!
isso que é vida de gado
De um bom gado brasileiro
aguenta porque tem raça
porque é um gado guerreiro!
Segue o gado na estrada
Do massacre incessante!
quando vão olhar pro gado
e aliviar no berrante?

(17/10/2013)

Recomeço é o pseudônimo de uma excelente poetisa, que publica no luso-poemas  (www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=259062#ixzz2nup16Bsp), e que me permite, vez por outra, trazer para cá algumas de suas pérolas.

Velho Pescador.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Bentinho, entre dois botecos

Uma das historias da Penha-SP

Início dos anos 60.
A Rua Mirandinha, da metade para o fim, tinha dois botecos: A vendinha do “Seu Zé” e o boteco do Marino,  a uns trezentos metros de distância, e aí, entre um e outro, circulava o Bentinho, sujeito simpático, inchado e abandonado .
Creio que ele mesmo se abandonou, devido à cachaça... O inchaço também se devia à própria.
Ele não falava muito do seu passado, a não ser que fora soldado do Corpo de Bombeiros.
Casado? Filhos? Ninguém sabe.
O que o pessoal sabia a seu respeito é que ele vivia em uma casa abandonada, à beira do córrego do Rincão, junto à ponte, e isso por vários anos. Algumas famílias lhe davam um prato de comida, ou um pão, que ele agradecia com uma palavra humilde.
O mesmo trajeto, várias vezes a cada dia, pedindo uma cachaça em um bar e no outro.
Nas primeiras do dia, tinha que segurar o copo com ambas as mãos, de tanto que tremia. Se o proprietário não lhe desse, alguém pagaria uma, pois muitos gostavam dele, com seu jeito bonachão, de menino grande. Quando não, ele chegava à vendinha com um copo de dose, que surrupiara do outro boteco, e o trocava por outra pinga. Ficava por ali uns momentos, e lá se ia, com outro copo no bolso, desta vez surrupiado da vendinha, e o trocava por outra cachaça no barzinho lá de baixo. Isso prosseguia dia após dia.
Os comerciantes achavam que estavam fazendo bom negócio, trocando um copo por uma pinga? Se assim fosse, lhes faltava observação, pois seu “estoque” de copos nunca aumentava, apesar de receber cerca de 5, 6, 10 copos ao dia. Era uma soma sem adição, quase um “milagre”, podemos dizer, pois, ao somar um, sem se dar conta, subtraía-se outro, e a quantidade permanecia estável, e por vezes, diminuía.
Eu, que trabalhei na vendinha durante vários meses, achava interessante aquela atitude, mas, quem era eu para comentar? Apenas um garoto, de dez ou onze anos.

Num inverno, noite muito fria... Temperatura bem abaixo de 0ºC.
Todos se recolheram mais cedo, e, no dia seguinte, a notícia...
O corpo do Bentinho foi encontrado, gelado, deitado próximo aos restos de uma pequena fogueira.. 
Muito pequena. 
O fogo se apagou.
O Bentinho ficou apenas na lembrança...

Acabou a negociação de um copo por uma pinga,
Não se via mais a figura do Bentinho, subindo e descendo a ladeira, com seu sorriso amigo cumprimentando a todos, paletó surrado, chinelos protegendo uns pés inchados.


Morreu de frio, o coitado...

Algumas vezes fiquei pensando:

No bolso do defunto, talvez houvesse um copo, preparado para o “desjejum”...

Pobre Bentinho.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Meus votos



Que em 2014 a mentira não prevaleça,
a sociedade seja mais séria e os valores respeitados,
a corrupção banida, e não considerada algo comum.
os criminosos sejam punidos, e se corrijam,
e os dependentes químicos tenham a chance de se recuperar

Que neste ano as famílias se unam,
haja amor e respeito nos lares,
os filhos honrem seus pais
e sejam honrados e cuidados por eles.
e que cada idoso receba carinho e atenção devidos.

Que a sociedade socorra os desvalidos,
e cada um dê o melhor de si em favor do próximo.
Que não falte o trabalho, digno e honrado,
que o salário, seja suficiente, e tenhamos sabedoria para administrá-lo.
Que não falte o pão em nossas mesas, e haja sempre prosperidade.
Que a nossa mão esteja sempre estendida para ajudar,
e o nosso ombro pronto a amparar.

Que as pessoas possam confiar umas nas outras,
Os eleitos cumpram honestamente os cargos recebidos.

Que os melhores sonhos se realizem,
a saúde seja uma constante,
e todos os problemas alcancem a melhor solução.
Que o trabalho continue a ser feito da melhor maneira,
em prol daqueles que precisam ou dependem de nós.

Desejo que, no próximo ano, continuemos a ser amigos leais e sinceros.

Sobretudo,
eu desejo que o Senhor Jesus Cristo,
A razão do Natal,
esteja presente em cada lar trazendo a paz que só Ele pode dar.

Feliz Natal
Feliz Ano Novo
e um grande abraço deste Velho Pescador

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...