quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mãe





Imagem:  http://anderson.pro.br/

Oi mãe
Estou novamente escrevendo...
Faz pouco que escrevi uns versos, pois era dia das mães, mas agora resolvi escrever esta cartinha.


Dia desses, quando voltava do trabalho, senti aquele cheirinho gostoso de comida, sabe, mãe? Aquele cheirinho igual ao da comida que você fazia.  
Senti o cheiro, e bateu a saudade.
Saudade de você, mãe.
Saudade do teu tempero.
Saudade do teu cheiro...
Vontade de ouvir de novo os teus conselhos, de acariciar teus cabelos...
Me deu saudade!


Sabe, mãe:
Quando você foi chamada pro céu, a saudade doía em mim, e doía muito.
Muitas vezes parecia que eu ia chegar em casa e te encontrar, mas logo percebia que não, daí eu ia para um cantinho e chorava, disfarçado para não aumentar a dor dos outros.
Passou uma semana, duas, um mês... Logo passou um ano, e mais outro... 
Chegou a hora do papai. Ele também foi chamado. Depois foi o Oswaldo, depois o Elias, e mais recentemente o Edson. Eles também já se foram, e eu aqui, ficando velho.
E sentindo saudades, ainda.

 
Sabe, mãe:
Esse sentimento já não dói igual, mas ainda dói.
Dói de outro jeito, de um jeito gostoso, que me leva a falar de você, das coisas boas que vivemos juntos, que você nos ensinava.
Saudades do pai, e dos irmãos, à mesa, como quando éramos crianças.
Saudades do tempo em que o futuro era só alegria e esperança, quando a vida não tinha machucado tanto.

Interessante, mãe.
À medida em que o tempo passa, que a idade avança, percebo que já não avalio a morte como algo tão indesejável, tão ruim. A morte física é uma decorrência da vida, e não me assusta. Agora, quando penso nela, já é com oração pela esposa, pelo filho, pelos familiares, por tantas pessoas amadas que ficarão.
Eu me sinto tranquilo quanto ao que, um dia, devo enfrentar. Me sinto sossegado quanto ao futuro, com Deus.

Lembra, mãe? Isso também foi você que me ensinou.

Até mais, mãe.
Não sei quando vou escrever de novo. Eu escrevo para os outros lerem a teu respeito, e para eu mesmo ler.
Você já não precisa disso, porque agora você tem tudo!

Você está com Jesus.

Até um dia, mãe.
Grande beijo


Velho Pescador

Finalmente Livre

Olá! 
Seja bem vindo
Aproveito para divulgar o blog que contém meu depoimento sobre a dependência do álcool.
Você pode ler online ou imprimir. 
Fique à vontade para divulgar, claro, sempre citando a fonte.
Grande abraço.

Velho Pescador

http://seeupudevocepode.blogspot.com.br/

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...