segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Minha primeira vez


Minha primeira vez pescando.
Eu era bem pequeno, talvez uns quatro, cinco aninhos, quando, fomos visitar uma tia, chegada do Paraná, que foi morar na Vila São José, arrabaldes de São Paulo.
Uma casa de madeira, muito bem feita, ao lado de uma enorme rocha, que, devido ao meu tamanho, era grande demais. Umas três ou quatro vezes a altura da casa.
Gostei daquilo. Diferente do que eu conhecia. Eu nunca tinha visto pedra tão grande...
Durante o almoço, meu primo Carlos disse a meu pai que ali perto havia uma lagoa, em terreno de antiga olaria. Era bastante funda, e tinha muitos lambaris.
Lá fomos nós, ou melhor, me levaram.
Meu pai, o mano Osmar, o primo Carlos e eu.
Sentei-me no barranco, na beira d’água. Deram-me uma varinha de bambu preparada para lambaris, já iscada de minhoca, e me disseram que era para deixar o anzol dentro da água, senão o peixe não ia conseguir morder a isca.
Sabe como é... Criancinha... Balança a vara para um lado, para o outro, afunda a ponta na água, vira a vara para o lado do barranco, tudo o que não se pode fazer, e foi assim a minha primeira vez.
Repentinamente vi a linha correndo, com a bóia de cortiça, até ficar bem esticada, senti a puxada. Incrível!
Um lambari de quase 40mm, ou 4cm. Enorme!!!
Sem titubear, levantei a varinha de uma vez, de forma que o peixinho fez uma viagem aérea por sobre minha cabeça, vindo a bater em minhas costas.
Assustado, pulei! ...
O peixinho ficou no barranco, e eu...
Tchibummmm... Caí na água...

A lagoa era funda, não dava pé para mim...
Tentava me agarrar na grama do barranco, chorando assustado, e a grama saia em minhas mãos. Eu estava apavorado, enquanto papai, meu primo e meu irmão riam...
Foi uma eternidade de, talvez, uns trinta segundos, e então, o meu irmão pegou-me pelo braço e me tirou da água.
Eu havia me apavorado com aquilo, mas, já em terra firme, decidi que queria pescar mais um.
Ali começou a carreira de pescador.
Nesses mais de cinqüenta anos passados, tenho caído outras vezes na água, por escorregar enquanto tento tirar um peixe, mas nada se compara à emoção daquele momento. Meu primeiro tombo, quero dizer: Meu primeiro peixe!

Você já pescou o seu primeiro peixe? 
Espero que tenha sido tão emocionante.
Abraço.
Velho Pescador



Terminar bem



Quando Terminar Bem Significa...Não Terminar
Por Robert J. Tamasy

Durante as últimas Olimpíadas testemunhamos  um recorrente princípio em ação: um bom começo não garante um bom final.  Corredores que de início lideravam caíram para as últimas posições no final da corrida.  Nadadores com uma saída rápida perderam para competidores que demonstraram mais força no final.  Ginastas com boa apresentação na primeira parte de suas rotinas cujos desequilíbrios ou escorregões que lhes custaram muito caro.   

No passado escrevi acerca da importância de terminar bem – e das dificuldades para conseguir isso.   No dia a dia do mundo profissional vemos o mesmo fenômeno, em extremos opostos: admirados executivos caindo em desgraça devido a escândalos éticos;  jovens empregados que iniciaram carreiras como futuras estrelas da empresa, mas que acabaram tendo performances medíocres.  Como podemos nos assegurar de que a promessa de um bom começo resulte em um bom final?   Considere isso:  A chave para terminar bem consiste em estar disposto a não terminar tudo. 

O que isso significa?  Alguns indivíduos são descritos como “pau para toda obra, perito em nenhuma delas”.   Basicamente isso quer dizer não ser excelente em nada.  Terminar bem requer um claro sentido de propósito aliado a uma boa compreensão daquilo que você faz bem – e daquilo que não.  

A pessoa bem-sucedida, aquela que termina bem, é geralmente a que tira proveito de suas forças devotando grande parte de seu tempo e energia a áreas onde essas forças possam ser maximizadas.  Isso pode significar não terminar algumas coisas se não sabemos fazê-las bem ou que não valham a pena fazermos. 

Por exemplo, por ser uma pessoa que tem uma visão mais ampla, descobri ser útil contar com uma pessoa que supervisione os detalhes importantes para mim sempre que possível.  Como eu disse anos atrás a um executivo assistente:  “Seu trabalho é apanhar as coisas antes que eu as deixe escapar pelas frestas” (o que é minha tendência).  Sou fraco em lidar com detalhes, então ao invés de dedicar uma energia mental considerável tentando não esquecê-los, é melhor encontrar alguém mais capacitado nesta questão do que eu. 

Alguém já disse:  “Se você quiser que algo seja feito, encontre alguém ocupado para fazê-lo”.  Porém isso pode significar privar outra pessoa daquela oportunidade.  O escritor devocional britânico Oswald Chambers já disse:  “O bom é inimigo do melhor”.  Aplicando isso às Olimpíadas, alguns daqueles atletas poderiam ter se dado bem em outros esportes, mas determinaram em qual eram melhores e se dedicaram a ele.   Como resultado, distinguiram-se e foram campeões.  Em vez de serem bons em um esporte, se tornaram excelentes em outro. 

Relacionando essa realidade com o ambiente de trabalho, existem muitas coisas que podemos fazer bem como empresários e profissionais.   A pergunta é: qual é a melhor coisa para fazermos – coisas que somente nós podemos fazer?  Faça essas coisas.  As coisas boas podem ser feitas por outras pessoas.   Eis o que a Bíblia diz sobre isso: 

Nunca perca o seu foco.  Precisamos ter uma compreensão clara de para onde estamos indo e não permitir distrações e obstáculos que nos tirem do rumo, mesmo que sejam atraentes.  

“Aproximando-se o tempo em que seria levado aos céus, Jesus partiu resolutamente em direção a Jerusalém” (Lucas 9:51). 

Mantenha os olhos na linha de chegada.  Qual é o seu objetivo?  Qual é sua missão?  Estas respostas o capacitarão a distinguir o “bom” do “melhor” em sua vida pessoal e profissional.  “Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:14). 

Texto de Robert J. Tamasy, vice-presidente de comunicações da Leaders Legacy, corporação beneficente com sede em Atlanta. Georgia, USA.  Com mais de 30 anos de trabalho como jornalista, é co-autor e editor de nove livros.Tradução de Mércia Padovani. Revisão e adaptação de Juan & Cristina Nieto


MANÁ DA SEGUNDA® é uma refelxão semanal do CBMC - Conecting Business and Marketplace to Christ, organização mundial, sem fins lucrativos e vínculo religioso, fundada em 1930, com o propósito de compartilhar o Evangelho de Jesus Cristo com a comunidade profissional e empresarial. © 2009 - DIREITOS RESERVADOS PARA CBMC BRASIL -  E-mail: liong@cbmc.org.br -Desejável distribuição gratuita na íntegra. Reprodução requer prévia autorização. Disponível também em alemão, espanhol, inglês, italiano e japonês.

                                       Imagem Internet

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Estou idoso

Sr. Antonio Ribeiro, meu sogro



Mas eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes, minha vida maravilhosa, minha amada família por menos cabelo branco ou uma barriga mais lisa. Enquanto fui envelhecendo, tornei-me mais amável para mim e menos crítico de mim mesmo. 
Eu me tornei meu próprio amigo .... 
Eu não me censuro por comer biscoito extra, ou por não fazer a minha cama, ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, como uma escultura de cimento, mas que parece tão “avant garde” no meu pátio. 
Eu tenho direito de ser desarrumado, de ser extravagante.

Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.

Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou jogando no computador até as quatro horas e dormir até meio-dia? Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 50 e 70, e, se ao mesmo tempo, desejo chorar por um amor perdido Eu vou fazer isso.


Vou andar na praia em um maiô excessivamente esticado sobre um corpo decadente, e mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.
Eles também vão envelhecer.


Eu sei que eu sou às vezes esquecido.
Mas há mais, algumas coisas na vida que devem ser esquecidas. Eu me recordo das coisas importantes.

Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado. 

Como não pode quebrar seu coração quando você perde um ente querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? 
Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.

Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos da juventude gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.


Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você se preocupa menos com o que os outros pensam. 

Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado.

Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser velho. A idade me libertou. E eu gosto da pessoa que me tornei.  Eu não vou viver para sempre, mas enquanto eu ainda estou aqui, eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. 

E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).


Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!

Desconheço a autoria. 

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...