quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Heroi ou Honesto?

A atitude de um homem causou estranheza da mídia, mas eu estranho essa atitude da mídia.
 O que o homem fez foi o que qualquer pessoa honesta faria, ao encontrar algo que pertence a outrem: 
Veja o artigo.


Nesta semana aconteceu um fato em Sorocaba, que chamou a atenção da mídia, novamente.
Um homem achou uma carteira com documentos, alguns centavos em dinheiro, e um cheque no valor de R$ 1.200,00. Não teve outra preocupação a não ser entregar ao dono o que este havia perdido.
Alguém sugeriu descontar o cheque e dividir o dinheiro, e ele não aceitou. Entregou a carteira como achou à Guarda Civil Municipal, para que estes devolvessem ao dono.
As pessoas estranham essa atitude, pois o sujeito que devolveu a carteira é catador de recicláveis, dorme em um terreno baldio, que ele chama de “Hotel Mil Estrelas, primeiro andar”, e ganha entre R$ 6,00 e R$ 30,00 por dia. Parte do que ganha ainda envia para os quatro filhos que ficaram na cidade de origem dele. Um herói anônimo em uma sociedade doente.
Espantaram-se por que esperavam que uma pessoa que ache uma carteira devolvesse o s documentos, não os valores, e, talvez, ainda pretendesse uma recompensa pelo ato de devolver apenas os documentos.
Honestidade é uma coisa com que a sociedade brasileira não está acostumada.
Infelizmente

Velho Pescador








quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Barbie, a bruxa

 Imagem: Internet

Este artigo eu recebi por e-mail de uma amiga e irmã, e vi que é mais profundo do que pode parecer.
Leia com atenção, e tire suas conclusões.

Abraço
><>

Velho Pescador.



A Barbie

Fiquei comovido quando li que foram encontradas bonecas em túmulos de crianças no Egito, na Grécia e em Roma. Pude imaginar o que os pais deveriam estar sentindo ao colocar aquele brinquedo junto ao corpo da filha morta. Eles o faziam para que ela não partisse sozinha, para que ela não tivesse medo...
De fato, uma criança abraçada a uma boneca é uma criança sem medo, uma criança feliz. Os meninos, proibidos de ter bonecas, se abraçam aos seus ursinhos de pelúcia. E nós, adultos, proibidos de ter bonecas e de ter ursinhos de pelúcia, nos abraçamos ao travesseiro...
Os objetos são diferentes, mas o seu sentido é o mesmo: o desejo de aconchego e de ternura, por isso eu acho que o senhor e a senhora fizeram muito bem ao dar uma boneca de presente para a sua filhinha.
Com uma exceção, é claro: se a boneca não foi a Barbie. Porque a Barbie não é uma boneca. Falta a ela o poder que têm as outras bonecas, bebezinhos, de afugentar o medo e provocar sentimento maternais de ternura. Não posso imaginar uma menina dormindo abraçada à sua Barbie. Nenhum pai colocaria a Barbie no túmulo da filha morta.
A Barbie não é boneca. É uma bruxa.
Posso bem imaginar o espanto nos seus olhos. Eu imagino também os seus pensamentos: O Rubem perdeu o juízo. A Barbie é unta boneca de plástico, não mexe, não pensa, não fala.
E agora ele diz que ela é uma bruxa...
Que as bonecas, ao contrário das aparências, têm uma vida própria, eu aprendi no 2° ano primário. Minha professora me deu um livro sobre bonecas e bonecos: enquanto a gente estava acordado, elas ficavam deitadinhas, olhinhos fechados, fingindo que dormiam. Mas bastava que os vivos dormissem para que elas acordassem e se pusessem a falar coisas.
As bonecas foram os primeiros brinquedos inventados pelos homens.
E foram também os primeiros instrumentos de magia negra. Um alfinete, aplicado no lugar certo de uma boneca – assim afirmam os entendidos – tem o poder de matar a pessoa que se parece com ela.
Pois eu digo que a Barbie é uma bruxa. Bruxa enfeitiça. Enfeitiçada, a pessoa deixa de ter pensamentos próprios. Só pensa o que a bruxa manda. A pessoa enfeitiçada fica possuída pelos pensamentos da feiticeira e só pensa e faz aquilo que ela manda.
Se falo é porque vi, com esses olhos que a terra há de comer. Basta que as crianças comecem a brincar com a Barbie, para que fiquem diferentes. O pai manda, a mãe manda, a criança faz birra e não obedece. Não é assim com a Barbie. Basta que a Barbie mande para que elas obedeçam.
De novo você vai me contestar, dizendo que a Barbie não fala e não tem vontade. Por isso não pode nem dar ordens e nem ser obedecida.
Errado. O fantástico é que ela, sem falar e sem ter vontade, tenha mais poder sobre a alma da criança que os pais. Quem me revelou isso foi o futurólogo Alvin Toffler, no seu livro O Choque do Futuro, que li em 1971. O capítulo “A Sociedade do Joga-Fora” começa com a Barbie. Nascida em 1959, em 1970 mais de 12 milhões já tinham sido vendidas. Um negócio da China. E por quê? Porque a Barbie, diferente das bonecas antigas, bebês que se contentam com uma chupeta e um chocalho, tem uma voracidade insaciável. A Barbie é uma boneca que nunca está contente: ela sempre pede mais. E essa é a grande lição que ela ensina às crianças:
Compra, por favor!
Para se comprar há as roupas da Barbie, a banheira da Barbie, o secador de cabelo, o jogo de beleza, o guarda-roupa, a cama, a cozinha, o jogo de sala de estar, o carro, o jipe, a piscina, o chalé de praia, o cavalo e os maridos, que podem ser escolhidos e alternados entre o loiro e o moreno etc. etc. A Barbie está sempre incompleta. Portanto, com ela vem sempre uma pitada de infelicidade. Aliás, essa é a regra fundamental da sociedade consumista: é preciso que as pessoas se sintam infelizes com o que têm, para que trabalhem e comprem o que não têm. A Barbie tem esse poder: quem a tem está sempre infeliz porque há sempre algo que não se tem, ainda. E os engenheiros da inveja, a serviço das fábricas, se encarregam de estar sempre produzindo esse novo objeto que ainda não foi comprado. Mas é inútil comprar. Porque logoum outro será produzido. É a cenoura na frente do burro... Ela nunca será comida.
Quem dá uma Barbie para uma criança põe a criança numa arapuca sem saída. Porque, ao ter uma Barbie, ela ingressa no Clube das Meninas que têm Barbie. E as conversas, nesse clube, são assim: Eu tenho o chalé de praia da Barbie. Você não tem. Ao que a outra retruca:
Não tenho o chalé, mas tenho o marido loiro da Barbie, que você não tem.
Essa é a primeira lição que a inofensiva boneca de plástico ensina. Ensina a horrível fala do eu tenho, você não ten. A maldição das comparações. A maldição da inveja. Você deve conhecer alguns adultos que fazem esse jogo. Haverá coisa mais chata, mais burra, mais mesquinha? Ao dar uma Barbie de presente é preciso que você saiba que a menina inevitavelmente aprenderá essa fala.
Isso feito, uma segunda fala entra inevitavelmente em cena, impulsionada pelas ilusões da inveja. A menininha pensa: Estou infeliz porque não tenho. Se eu tiver, serei feliz. O jeito de se ter é comprar.
– Papai...
– Que é, minha filha?
– Compra o chalé de praia da Barbie? Eu quero tanto...
Filha na arapuca. Pai na arapuca.
Mas há uma saída. E, para ela, procuro sócios. Vamos começar a produzir o próximo e definitivo complemento para a bruxa de plástico: urnas funerárias para a Barbie. Por vezes o feitiço só se quebra com o assassinato da feiticeira – por bonitinha que ela seja...

10/1/94.
Fonte: Livro TEOLOGIA DO COTIDIANO – Rubem Alves – páginas 12 e 13- Editora Olha D´agua 1994.






terça-feira, 6 de novembro de 2012

SAFADEZA - DIPLOMAS



Não estude! Compre um "Diploma Oficial"!
                                                            Imagem: Clip-art

A série SAFADEZA parece infindável.
Hoje o Augusto recebeu esta mensagem, e me repassou. 
Vejam que canalhice. Eu já havia recebido isto com endereço dos Estados Unidos, mas, você acha que o Brasil ia ficar atrás nessa área?
Safadeza é conosco, mesmos.

Veja abaixo: 



Date: Mon, 5 Nov 2012 20:32:23 -0600

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Subject: Seguro e Garantido

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Ensino Completo!

Pois é!
Hoje recebi nova proposta de compra de diplomas dos Estados Unidos.
Baratinho, também.
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Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...