segunda-feira, 8 de abril de 2013

Rebeldes sem causa




Filhos dos tempos malvados
Em que a moral fez pausa
Seguem caminhos errados
São os rebeldes sem causa

Feitos ao fácil ganho
Fracos contra a tentação
Desprezam a vida de trabalho
Roubam aos que ganham o pão

Agem por diversão,
Não por necessidade
Sem lei, que nos valha
E lhes contrarie a vontade

Pobres de espírito
Ricos em vaidade
São filhos do mal,
Ou vítimas da sociedade?

Marco 

luso-poemas


Tanto amor



Ah, eu te amo, tanto,
tanto, tanto, tanto, tanto!

E se eu parar para pensar eu vou lembrar
Daquele dia em que eu comecei te amar...
Isso faz tanto, tanto, tanto tempo

Você tão linda, os olhos tão brilhantes,
O teu sorriso eu notei, e, em instantes
Eu decidi que iria te amar tanto.

Não que eu mereça o teu amor, pois não sou santo.
Também não quero, a nenhum tempo, ser teu dono
Quero viver sempre ao teu lado, velar teu sono
E receber o teu amor, que é o meu encanto

E ainda, quando idosos estivermos,
Eu quero tê-la ao meu lado, por mulher
E em carinho, dia-a-dia, viveremos
E nos meus braços, sempre vou te acolher

Porque eu te amo, tanto, 
tanto, tanto, tanto!


Concurso de Saltos


MODALIDADE QUEDA LIVRE


Semana passada, eu passeava em São Paulo, num dia de preguiça, revendo lugares conhecidos, analisando as modificações ocorridas durante estes anos de ausência, e, passando em frente o Anhembi, notei um cartaz que despertou minha atenção.

“CONCURSO NACIONAL DE PARAQUEDISMO – MODALIDADE QUEDA LIVRE – INDIVIDUAL”

Atravessei a rua, entrei no Aeroclube, lá no Campo de Marte, e me demorei a olhar os aviões e helicópteros, um mais bonito que o outro.
Meu pensamento divagava. Eu já me via sobrevoando novamente a Serra da Cantareira, com suas árvores floridas..., o rio Tietê poluído, mas, lá de cima, tão bonito...
Já me via estolando com um Pipper, dando rasantes com um Sêneca...
Eu sempre fui apaixonado por aviões, e tudo o que voa. Pássaros, borboletas, pipas, balões, aviões, asas-delta, ultraleves.
Só não me interessava pelos super-heróis voadores, e essas coisinhas.
Sempre gostei de ver paraquedas, também.
Imaginar uma pessoa saltando de um avião, a não sei quantos mil pés de altura, caindo em queda livre por algum tempo. O vento fazendo pressão no rosto, nos braços, em todo o corpo, como uma massagem sensacional. Depois, o pára-quedas se abre, naquele colorido que enche os olhos... Minutos se sucedem...
No ar, a pessoa, leve, pendurada apenas por aquelas alças, olhando de cima tudo ao redor... Paisagens magníficas...
É lindo!
É verdade, que tem seus riscos.
Aviões podem tem panes e cair, mas o paraquedas...É muito mais perigoso!

Assusta, e com razão!

Se o pára-quedas não se abre, a pessoa cai, dificilmente escapa com vida.
Outros, com os paraquedas abertos são carregados por uma corrente de ar, pelo vento forte, sendo jogados sobre as torres de transmissão de energia elétrica...
São muitos os riscos. Enormes riscos!

Jornais, rádios, tele-jornais, revistas, enfim, toda a mídia cobre acidentes aéreos, mas os acontecidos com pára-quedistas não tem repercussão nenhuma.
Paraquedismo é lindo, de verdade, mas, realmente, perigoso.
Bem...
Vocês que já me conhecem, sabem como eu sou.
Decidi fazer a inscrição para o concurso, e nada vai me fazer voltar atrás.
Sentei-me no restaurante do Aeroclube, ficha de inscrição na mão, com letra de forma, bem redondinha, bem legível, preenchi, paguei e entreguei.

Se você acompanhar o desenrolar pela TV, poderá ver minha sogra saltando. Eu a inscrevi no concurso!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Previ Minha Morte!


Este texto foi escrito por um grande poeta que eu admiro, e, autorizado por ele, publico aqui.

Leia abaixo:

Foi tudo tão estranho!
Ainda estou me recuperando do susto, só agora decidi contar isso.
Não foi simplesmente um sonho, eu acordei, mesmo assim as cenas vinham em minha mente. Parecia que continuava dormindo, mas estava acordado, tenho certeza!
Sei que é difícil acreditar, mas previ minha morte!
Havia alguém explicando como e quando seria, mas não o via, nem reconheci a voz. Disse categoricamente que três acidentes iriam acontecer comigo, todos próximos um do outro, menos de dois meses entre eles. Que eu, então, morreria no último.
No primeiro acidente, estava num jet-ski e após uma manobra ousada perdi o controle e bati num outro. Dai pra frente a cenas começaram a vir em quadros, como se eu estivesse vendo uma sequencia de fotos. Vi pessoas me socorrendo, ambulância, um quarto de hospital. Mas de repente havia movimento de novo, percebi que tinha sido só mesmo um susto e que estava bem.
No segundo foi tudo muito mais rápido. Empinei uma moto numa rua e perdi o controle. Dai apaguei, ficou tudo escuro. Pelo visto foi bem mais complicado que o primeiro. Parece que fiquei em coma por alguns dias. Mas voltei e fui me recuperando aos poucos. Logo já estava bem. Percebi toda a vitalidade de volta, estava pronto pra outra.
E as cenas vinham rapidamente, mal dava tempo de raciocinar.
No terceiro, estava andando a cavalo. Na verdade correndo, galopando numa estrada linda, parecia estar apostando uma corrida. Ao meu lado, num outro cavalo, uma loira deslumbrante. Quando olhei pra ela, recordei que a vi em outros momentos, mas foi tudo tão rápido, não consegui identificar qual a ligação dela comigo. Tentava entender, mas de novo não deu tempo, o cavalo tropeçou, cai e fim! Tudo ficou escuro e voz me avisou: "Você morre ai."
Eu queria escapar de tudo aquilo, parar de pensar, de ver as cenas, mas não tinha jeito, logo me vi em meu velório. Estava de pé ao lado do meu caixão, mas não conseguia me ver lá dentro. Eu me sentia leve, parecia mesmo sem o corpo. Foi quando dois jovens se aproximaram do caixão. Percebi que um deles chorava muito e o outro, tentando consola-lo disse: 

"Não fique triste! Quisera eu morrer assim: aos noventa e sete anos e milionário. Seu avô soube aproveitar a vida. Olha só a loira fenomenal que ele estava namorando..."

Apesar do susto, estou extremamente feliz! Mas na tentativa de chegar aos cem, aos noventa e cinco anos vou começar evitar jet-skis, motos e cavalos. 
Eu me contento só com a loira.

Gustavo Espinha Lourenço
GEL Composições
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=244618



Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...