quarta-feira, 13 de junho de 2012

Vida de Pescador

Pescador sofre!
Pois é, querido leitor.
As pessoas vivem repetindo que pescador é folgado, sossegado, e eu, como Velho Pescador, quero explicar algumas coisas.

Espero que você, ao ler, procure entender, colocando-se no lugar dos pescadores, pobres sofridos, que se preocupam dia e noite com a pescaria, esforçam-se, sofrem com as intempéries, com os insetos, com a falta de conforto do rancho, mesmo assim põem mãos à obra, para conquistar alguns peixes.

Você já viu quanto trabalho tem o pescador?

Convencer a esposa, fazer massas, catar minhocas, caçar insetos, preparar iscas, anzóis, chumbada, bóias. Suja as mãos, e, por vezes, as queima durante o cozimento da massa... E as diversas vezes que fura o dedo com o anzol? Não conta?

Na beira do rio, ao entardecer, ele tem um trabalhão danado para fixar as linhas de espera. Após escurecer, ele não desiste. Continua insistindo na captura das traíras, lobós, tucunarés...

Dorme tarde, acorda cediiiinho, e, bem antes do sol raiar, lá está ele novamente, esperança renovada, persistindo na lida.

No final da pescaria tem que recolher e lavar o barco, juntar as tralhas, limpar o acampamento...   
Não raro, sem ter fisgado nenhum que valha a pena, tem que voltar para casa, tristonho, cansado, mas nunca desanimado.

Em instantes, lá está ele de novo, projetando a nova pescaria, que, essa sim, ele acredita, vai dar bom resultado, vai pegar um montão de peixes.

Começa tuuuudo de novo... Convencer a esposa, fazer massas, caçar insetos, catar minhocas, cortar as iscas, preparar os anzóis, a chumbada, bóias...

É, gente boa...  Não é fácil a vida de pescador.

Velho Pescador

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