sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fiquei rico?

Acontecem coisas curiosas neste Brasil.
Os  milagres que acontecem aqui são incríveis.

Vou contar a história do sitiante pobre, que só tinha uma vaca.
Ele era pobre, mas safado, então descobriu um jeito novo de dizer que tinha muitas vacas.
A cada dia, ele chamava a vaca por um nome. 
No dia 1º ela era a Mimosa, no dia 2, a Tempestade,
dia 3 era a Vinagre, dia 4, a Manhosa, dia 5 a Malhada,
dia 6 a Sofia, dia 7 a Sabida, e assim por diante.

Quando ele precisava de um empréstimo, ia lá e penhorava a vaca do dia, ou seja, se fosse no dia 2, dava como garantia a Tempestade. No outro empréstimo, era a Manhosa, e assim por diante.
Um dia ele faliu, e o credor foi até lá com três caminhões para buscar as 30 vacas penhoradas...

Você consegue imaginar o resto? Voltou só com uma, e mais 29 de prejuizo.

No Brasil, para mostrar que a nação enriqueceu, passou-se a considerar classe média os pobres que ganham uma migalha.

Bem; vamos à notícia: 



Negros são quase 80% da nova classe média, diz estudo do governo

Mais de 50% dos brasileiros estão nesse segmento que, segundo o governo, compreende famílias com renda mensal per capita entre R$ 291 e R$ 1.019
REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL
Aproximadamente 80% dos novos integrantes da classe média brasileira são negros. Nos últimos dez anos, a classe média teve um crescimento de 38% e hoje abrange 53% da população, o que significa 104 milhões de brasileiros. Os dados são do estudo Vozes da Classe Média divulgado nesta quinta-feira (20) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
“Uma das característica da classe média é que os grupos que entraram eram os que estavam menos representados. Agora ela [classe média] é muito mais heterogênea do que era há dez anos. As empregadas domésticas que eram uma fração menor ampliaram a participação, os negros aumentaram. Quase 80% do aumento na classe média referem-se à população negra”, disse o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros.
Com esse aumento, a representatividade entre negros e brancos na classe média ficou equilibrada. Um total de 53% da classe média é formada por negros e 47% por brancos. O estudo registra que esse equilíbrio, no entanto, não significa que as desigualdades raciais foram superadas, uma vez que perduram nas demais classes. Na classe alta, 69% são brancos e 31%, negros e na classe baixa 69% são negros e 31%, brancos.
O estudo identificou também relações entre o emprego e a classe média. Dos trabalhadores ocupados – formais e informais –, 57% estão na classe média. Quando se leva em conta apenas os trabalhadores formais, esse número sobre para 58%. 
Crescimento
Atualmente, 104 milhões de brasileiros estão na classe média. Nos últimos dez anos, foram 35 milhões os brasileiros incluídos nesse segmento. A pesquisa classifica como classe média os que vivem em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre no futuro próximo. (grifo meu).
De acordo com o estudo, a expansão desse segmento resultou de um processo de crescimento do país combinado com redução na desigualdade. A estimativa é que, mantidas a taxa de crescimento e a tendência de queda nas desigualdades dos últimos dez anos, a classe média chegue a 57% da população brasileira em 2022.
Os dados indicam que a redução da classe baixa foi mais intensa do que a expansão da classe alta. De 2002 a 2012 ascenderam da classe baixa para a média, 21% da população brasileira, enquanto da classe média para a alta ascenderam 6%.
O ministro da SAE, Moreira Franco, destacou o importância do crescimento da classe média para movimentar e impulsionar a economia do país, pois essa fatia da população responde por 38% da renda e do consumo das famílias. “Em torno de 18 milhões de empregos foram criados na última década, esses empregos formais foram associados a uma política adequada de salário mínimo que deu ganhos reais acima da inflação aos brasileiros”, disse Franco.
O crescimento da renda da classe média tem sido maior do que o do restante da população, de acordo com os dados apresentados no estudo. Enquanto na última década a renda média desse segmento cresceu 3,5% ao ano, a renda média das famílias brasileiras cresceu, no mesmo período, 2,4% ao ano.
“A classe média brasileira vai movimentar em 2012 cerca de R$ 1 trilhão”, estimou Renato Meirelles, do instituto de pesquisa Data Popular, que participou da elaboração do estudo.
O estudo usa como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Data Popular. 


  Abraço.

Velho Pescador.

Um comentário:

  1. Pois é, estamos vivendo de propaganda, tudo está às mil maravilhas.
    Grande parte da população atolada em dívidas pois foram empurradas para o consumismo.
    A dívida interna do Brasil é de 1,8 Trilhão de Reais.
    Assim o (des) governo vai se mantendo.

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