Na plenitude dos tempos,
Cumpridas as profecias,
Um anjo desce dos céus
A anunciar o Messias.
E foi ter a Nazaré
Onde, ignorada, vivia
Uma jovem muito bela
Que se chamava Maria.
Tinha maneiras fidalgas.
Fora educada no templo
E para todas as jovens,
Ela servia de exemplo,
Segundo o costume hebreu,
Seus pais na lei de Iavé,
Já a tinham prometido
Para esposa de José.
Mas um dia, vindo do céu
Um anjo de estranho brilho
Diz-lhe que Deus a escolhera
Para ser mãe de Seu filho.
“Cumpra-se a palavra”
Ela ao anjo replicou.
E em seu ventre virginal,
O verbo eterno encarnou.
Ninguem soube em Nazaré
o que então acontecia.
E o Novo Testamento
Em silêncio, principia.
Vivia em Roma
o que então acontecia.
E o Novo Testamento
Em silêncio, principia.
Vivia em Roma
No seu palácio, muito ufano,
Cheio de grande importância
O imperador romano.
E um dia, por desfastio,
Lembrou-se de decretar
Que os habitantes do império
Se deviam registar.
Leu-se o decreto de César,
Na praça de Nazaré
A cidade onde vivia
Maria com José.
O que depois se passou,
Não sairá da mente das gentes
A loucura assassina!
A matança dos Inocentes!
E a caminho de Belém
Lá se foi o par bendito
José levando sentada
Maria sobre um burrito.
Ao fim de longa jornada
Chegam os dois a Belém
Faltando pouco tempo
Para Maria ser mãe.
Andaram de porta em porta,
Ninguém o quis receber
O Deus de tudo não tinha
Um lugar onde nascer.
A divina promessa
O Deus-Menino, quem diria?
O rei do Universo,
Iria nascer numa estrebaria.
Numa encosta de Belém
Naquela noite tão fria,
Uma luz misteriosa
Suave resplandecia
Sobre ela os anjos cantavam:
“Gloria a Deus e paz no mundo!”
E os pastores adoravam
Esse mistério tão profundo.
Quando a noite, no seu curso,
Havia chegado ao meio
A palavra de Deus Pai,
Habitar connosco veio.
Os anjos descem do céu
Para a nova anunciar
Os pastores acreditam
E o Verbo vão adorar.
Uma estrela pelo céu,
Silenciosa, conduz
Os reis magos com seus dons
Á procura de Jesus.
De Jessé, raiz fecunda,
Cumprindo-se a profecia,
Cheio de Graça e perdão
Nasce Jesus de Maria.
“Um menino nos foi dado!”
“Um Rei nos nasceu!”
“Glória a Deus e paz na Terra,
Cantam os anjos no céu.”
Glória seja dada ao Pai
E ao espírito também,
Glória seja dada ao Cristo
Que nasceu em Belém
Luz verdadeira, incriada,
Do Pai eterno esplendor
Verbo de Deus feito carne
Cheio de Graça e amor.
É o príncipe da paz,
Admirável conselheiro,
Traz o império sobre os ombros,
Salvador do mundo inteiro.
Exaltai, Adorai,
A promessa do céu desceu
Proclamai, Celebrai,
O Menino-Rei nos nasceu!
Quem haverá que não cante
De louvor a Deus um hino,
Ao ver nos braços de Maria,
O eterno feito menino?
Renascidos para a vida,
E já libertos do mal,
Nós te adoramos Jesus
E cantamos o teu Natal!
Poesia
adaptada (João Souto Ferreira)
Publicada por Poetas Cristãos
http://poesiaevangelicablog.blogspot.com.br/search/label/Natal
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