Seu olhar (aos meus pais)
Apesar de tanto tempo,
lembro ainda do menino
e dos traços sem destino
que numa folha rabiscava.
E essa folha segurando,
como isca em suas mãos,
pra pescar sua atenção
a você ele entregava.
Garimpando nos seus olhos,
no baú de um tesouro,
o que pra ele era o ouro
da inocente ambição.
Apesar de ansioso,
na certeza que acharia
e tão logo fitaria
um brilho de aprovação.
Apesar de tanto tempo,
d'eu não ser mais o menino,
os meus olhos por destino
ainda teimam em procurar
seu olhar. Como uma estrela
pela vida me guiando,
sempre me orientando
nas tormentas desse mar.
E moldou com tal carinho
tudo que trago de bagagem
que vejo em mim a sua a imagem
nos seus olhos como espelho.
Que muitas vezes no seu canto,
mesmo sem nada a falar,
com a aprovação do seu olhar
já me dava o seu conselho.
Apesar de tanto tempo,
lembro ainda do menino
e dos traços sem destino
que numa folha rabiscava.
E essa folha segurando,
como isca em suas mãos,
pra pescar sua atenção
a você ele entregava.
Garimpando nos seus olhos,
no baú de um tesouro,
o que pra ele era o ouro
da inocente ambição.
Apesar de ansioso,
na certeza que acharia
e tão logo fitaria
um brilho de aprovação.
Apesar de tanto tempo,
d'eu não ser mais o menino,
os meus olhos por destino
ainda teimam em procurar
seu olhar. Como uma estrela
pela vida me guiando,
sempre me orientando
nas tormentas desse mar.
E moldou com tal carinho
tudo que trago de bagagem
que vejo em mim a sua a imagem
nos seus olhos como espelho.
Que muitas vezes no seu canto,
mesmo sem nada a falar,
com a aprovação do seu olhar
já me dava o seu conselho.
Gustavo Espinha Lourenço
Imagem: Samuel R. Anderson
Muito bonito esse poema.
ResponderExcluirComovente.