sexta-feira, 15 de março de 2013

Imanência




(des) Imanência?



Mas, se a minha fé acaba

Na dormência, ou na demência,

Desfazendo a imanência

De minh’alma com o Eterno



Eu irei me sentir livre,

Como um pássaro de gaiola.

Mesmo que voe lá fora

Minha vida é um inferno!



É a esperança que se acaba?

E a dúvida, quem explica?

Põe-se a verdade na berlinda

E a vida? Como fica?



Ah, a incerteza é um inferno,

Pois, se sei, como eu nego?

Vou fingir desconhecer?



Jogar fora o seu tesouro,

E sobre o mundo vindouro...

Como eu hei de fazer?

 Velho Pescador




E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia:
- Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.  E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.
E o que estava assentado sobre o trono disse:
- Eis que faço novas todas as coisas.
E disse-me:
- Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.
E disse-me mais:
- Está cumprido. Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim.
A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.”
Apocalipse 21 versos 1 a 7
 

Cabral chegou ao Brasil


Pedro Alvares Cabral estava um tempo folgado
1500, a começar, encontrou-se com seu cunhado
Estavam andando na praia, sem ter o que decidir
Que tal velejar, ó Pedroca? Vamos nos divertir?

Como ele andava livre, e não tinha o que fazer
Respondeu depressa: Vamos! Velejar é um prazer!
Convidemos os amigos que estejam entediados
E vamos aproveitar esses dias de feriados

Pegaram logo treze naus, só os homens, nenhuma menina
Mas o mar estava sem ondas, parecia uma piscina...
Ele ficou preocupado com aquela calmaria,
Acessou a internet para ver como ia o clima

Sua esposa perguntou-lhe para onde ele iria,
E ele respondeu sério, que a vontade do rei, faria.
Vou buscar especiarias, na Índia, e algum figo
Fico fora um mês ou dois, qualquer coisa eu te ligo

Feliz, carregou as naus com muito rum e bom vinho
Recolheram logo as âncoras colocando-se a caminho
Cada um deles levava facão, carabina e fuzil
Com bijuterias e espelhos, rumaram ao Brasil

Chegaram lá pela tarde, todos ébrios e alegres
Viram algumas capivaras e as confundiram com lebres
Falaram com um cacique, que era um dos homens mais velhos
Arruma-nos algum ouro em troca de nossos espelhos

Acertaram nos negócios, nadaram, pescaram no rio
Havia muita coisa boa na terra do Brasil
Voltaram a Portugal, depois de toda a farra
Passaram pelas Índias, antes, com medo de chegar em casa.

Ficaram alguns meses fora, e voltaram preocupados
Mas eles não agüentavam de tanta saudade dos fados.
Trouxeram ervas, riquezas, histórias de bom final
Que impressionaram todos do querido Portugal


Velho Pescador
Imagem: www.canalkids.com.br

Hugo Chavez indicou o papa Francisco?



Hugo Chavez indicou novo papa?

Maduro diz que Chávez conversou com Cristo e intercedeu em favor do papa Francisco

     Maluco beleza 
Se existiu um crápula no mundo da política, esse foi Hugo Chávez, o caudilho bolivariano que levou a Venezuela ao atraso e ao caos social. Cada vez mais usado como ferramenta eleitoral na campanha de Nicolás Maduro, que atropelou a Constituição venezuelana e está presidente interino, o cadáver de Chávez continua sendo explorado politicamente de forma criminosa e sensacionalista.
Depois de ver a morte de seu padrinho político perder espaço na imprensa internacional, até porque não se pode velar eternamente uma múmia que está embalsamada há algumas semanas, Nicolás Maduro pegou carona na escolha do cardeal argentino Mario Jorge Bergoglio para comandar a Igreja Católica. Ao falar sobre o papa Francisco, sucessor de Bento de XVI, Maduro apelou ao absurdo e disparou: “Nós sabemos que o nosso comandante subiu até às alturas, que está em frente de Cristo. Alguma coisa influenciou para que tenha sido escolhido um Papa sul-americano, alguma mão nova chegou a Cristo e lhe disse: chegou a hora da América do Sul. Assim nos parece”.
É bom alguém informar ao tresloucado Nicolás Maduro que Cristo, por mais benevolente que seja, não abre espaço na agenda para que segura o crucifixo e age como satanás. Além de ser uma sandice do imaginário, querer creditar ao tiranete alguma influência na escolhe do papa Francisco é oportunismo de camelô.
Maduro, que deve ser eleito presidente porque tem a máquina estatal nas mãos em um país que vive sob o totalitarismo e aprendeu a jogar sujo com seu mentor político, precisa saber que Mario Bergoglio não vê com bons olhos a lufada esquerdista que sopra na América Latina. E sua eleição não foi obra do acaso, mas de uma conjunção de forças políticas que desejam salvar essa porção do continente americano da maluquice que Chávez conseguiu despejar na região.
O povo venezuelano precisa acordar e enfrentar o perigo que ronda o país sul-americano, pois do contrário a horda de criminosos que se instalou no Palácio de Miraflores há de se perpetuar no poder, violentando ainda mais a democracia e saqueando as riquezas do Estado sob a desculpa de que é preciso socializar a miséria.

quinta-feira, 14 de março de 2013

O caminho do poeta




Imagem: Pedra Sutil


 
O caminho do poeta

Um poeta famoso, andando por uma estrada
Viu uma pedra no caminho, e olhou-a até cansar.
Não se interessava, já, por nada
O importante era explicar

Que no meio do caminho tinha uma pedra,
Uma pedra no meio do caminho...
Ele nunca se esqueceu, que no caminho havia a pedra
E eu aprendi que havia uma pedra no meio do caminho.

Porque essa pedra neste caminho?
Porque é que ele foi  passar por ali?
O outro caminho,talvez, não tivesse a pedra...
E..., porque ele foi passar por ali?

Só ficou pensando na pedra, o poeta,
E escrevendo, não saia do lugar.
E a frase escrita pelo poeta
Foi repetida, mil vezes, sem cansar.

Havia uma pedra no meio do caminho...

Mais à frente, no caminho do poeta,
havia uma flor, a desabrochar
Se ele seguisse em frente, e prestasse atenção
A poesia era diferente, não seria de pedra, não.

Mas o Carlos Drummond de Andrade
Me ensinou uma lição
O poeta tem liberdade,
E precisa ter ambição

Fazer versos à vontade
Escrever com a opção
De enxergar o que agrade
Ou que vai no coração.

Velho Pescador


No meio do caminho 

No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...