sexta-feira, 5 de abril de 2013

Previ Minha Morte!


Este texto foi escrito por um grande poeta que eu admiro, e, autorizado por ele, publico aqui.

Leia abaixo:

Foi tudo tão estranho!
Ainda estou me recuperando do susto, só agora decidi contar isso.
Não foi simplesmente um sonho, eu acordei, mesmo assim as cenas vinham em minha mente. Parecia que continuava dormindo, mas estava acordado, tenho certeza!
Sei que é difícil acreditar, mas previ minha morte!
Havia alguém explicando como e quando seria, mas não o via, nem reconheci a voz. Disse categoricamente que três acidentes iriam acontecer comigo, todos próximos um do outro, menos de dois meses entre eles. Que eu, então, morreria no último.
No primeiro acidente, estava num jet-ski e após uma manobra ousada perdi o controle e bati num outro. Dai pra frente a cenas começaram a vir em quadros, como se eu estivesse vendo uma sequencia de fotos. Vi pessoas me socorrendo, ambulância, um quarto de hospital. Mas de repente havia movimento de novo, percebi que tinha sido só mesmo um susto e que estava bem.
No segundo foi tudo muito mais rápido. Empinei uma moto numa rua e perdi o controle. Dai apaguei, ficou tudo escuro. Pelo visto foi bem mais complicado que o primeiro. Parece que fiquei em coma por alguns dias. Mas voltei e fui me recuperando aos poucos. Logo já estava bem. Percebi toda a vitalidade de volta, estava pronto pra outra.
E as cenas vinham rapidamente, mal dava tempo de raciocinar.
No terceiro, estava andando a cavalo. Na verdade correndo, galopando numa estrada linda, parecia estar apostando uma corrida. Ao meu lado, num outro cavalo, uma loira deslumbrante. Quando olhei pra ela, recordei que a vi em outros momentos, mas foi tudo tão rápido, não consegui identificar qual a ligação dela comigo. Tentava entender, mas de novo não deu tempo, o cavalo tropeçou, cai e fim! Tudo ficou escuro e voz me avisou: "Você morre ai."
Eu queria escapar de tudo aquilo, parar de pensar, de ver as cenas, mas não tinha jeito, logo me vi em meu velório. Estava de pé ao lado do meu caixão, mas não conseguia me ver lá dentro. Eu me sentia leve, parecia mesmo sem o corpo. Foi quando dois jovens se aproximaram do caixão. Percebi que um deles chorava muito e o outro, tentando consola-lo disse: 

"Não fique triste! Quisera eu morrer assim: aos noventa e sete anos e milionário. Seu avô soube aproveitar a vida. Olha só a loira fenomenal que ele estava namorando..."

Apesar do susto, estou extremamente feliz! Mas na tentativa de chegar aos cem, aos noventa e cinco anos vou começar evitar jet-skis, motos e cavalos. 
Eu me contento só com a loira.

Gustavo Espinha Lourenço
GEL Composições
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=244618



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Águas Vivas

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Grande abraço
><>
Velho Pescador


O toque II


Ah, esse toque benfazejo,
Têm-me feito tanto bem!
Tomara que esse toque,
Que veio e mudou meu enfoque,
Você possa sentir, também.

Quando eu senti esse toque
Pela primeira vez
Era uma época ruim,
Eu achava que era o fim,
Mas, o que era mau, se desfez

Eu andava sem amor,
Sem o carinho dos meus
Perdido no mundo eu vagava
Minha vida eu estragava
Andando longe de Deus

Quando fui alcançado
Pelo toque abençoado,
Ele enxugou o meu pranto

É o Espírito Santo,
Pelo qual fui selado


Velho Pescador
Com referência ao poema
#Toque
de Angela Maria








Imagem: luso-poemas.net

#Toque


Que sopro de vida é esse
que de repente me anima?
Sacode a alma e ilumina
Envolve o meu coração,
vem como brisa cheirosa
uma luz misteriosa
que não tem explicação
Minha mente silencia
Meu corpo vibra e se aquece
Minha boca balbucia
O nome de Deus numa prece

 
 




 
Angela Maria


Seca no sertão



O sertão chora sem lágrimas, como diz nosso poeta
E o povo, que tanto reza, ainda não recebeu chuva
O gado está morrendo, como a lavoura morreu
Seca, estorricada, tudo porque não choveu

O sol constante, inclemente,  
Derrete a esperança da gente
Que vive no nosso sertão 
A chuva, faz tanto tempo!
Ficou de vir, e não veio
Resolver a situação

Deus não ouviu? Eu duvido
Ele, sempre, ouve os seus
Porém, esse povo sofrido
Que anda  muito iludido,
É que não quer ouvir Deus

Rezam para um e para outro
Lá, na caatinga, são tantos
Santos e santas de pau oco
E agora está um sufoco,
O sofrimento é muito
Mas a chuva, nem um pouco.


Velho Pescador

Este poema foi escrito em resposta ao poema: PONTO FINAL:SERTÃO
do poeta Cezarubaldo
em luso-poemas.net

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...