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Foi no Ipiranga, em meio à gente,
Lá em São Paulo, em uma tarde,
Que Dom Pedro, nosso Regente
Deu aquele brado, que fez alarde.
Independência, da Pátria, ou Morte,
Para que viver, sendo escravo?
O brasileiro, um povo forte,
Obteve a Liberdade, com aquele brado.
Não mais Colônia, mas um Brasil,
livre do grilhão que o prendia,
Já foi chamado de mãe gentil...
Mas, e o futuro? Como seria?
O povo livre, quis escolher.
Ser uma República, para viver
Mas elegeu alguns, vindos da plebe
Que o enganaram, com suas mãos leves.
Roubaram tudo o que puderam,
Se estabeleceram, sem honra alguma.
Sua vida hoje, como uma bruma,
Já não demonstra de onde vieram.
Viraram as costas, se esqueceram.
Das suas promessas, seus ideais
Se esqueceram dos que os elegeram
Hoje vivem para roubar mais
Contra a Justiça se rebelaram
Não aceitaram sua condenação
E do congresso se apossaram
Fazendo pouco desta Nação.
Constituição? É só para ver”
É só para o povo, já iludido.
Só se interessam pelo poder
Só veem valor no seu Partido!