terça-feira, 7 de maio de 2013

Preocupação?





Mande a tristeza embora
Descanse, e durma tranquilo
Se a preocupação aparece
Não liga muito pr’aquilo.

A preocupação não tem causa
Ou razão para perturbar
Se tiver jeito, resolva,
Se não tem jeito, é aceitar

Cada coisa em seu lugar,
Cada coisa do seu jeito
Aprenda a descansar
E a fazer tudo bem feito

Se der para resolver, resolva
Se não der, pague o que deve
Mas não perca o teu sono
Você se sentirá mais leve

“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, 
e verdadeiramente serás alimentado.
Deleita-te também no Senhor, 
e te concederá os desejos do teu coração.
Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.
E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, 
e o teu juízo como o meio-dia”
Salmos 37:3-6

A Sete Palmos



Tu podes ser milionário
Comprar o mundo à caneta
Podes ser grande empresário
Ir ao topo do planeta

Talvez um artista famoso
Um consagrado poeta
Um general orgulhoso
Ou um renomado atleta

Chegará o dia certo
Na hora que não tem hora
Ninguém sabe longe ou perto
Tu terás que ir embora

Dependendo de quem és
Terás grande funeral
Com discursos e lauréis
Repercussão mundial

Despedida derradeira
Desce a tampa no final
Se é pinho ou cerejeira
Segue o mesmo ritual

No final da caminhada
Deixarás tudo que é teu
Por que não és dono de nada
Nem do corpo que morreu



Imagem: Clip-art

Reminiscências - O patinete

Imagem: Clip-art




É gostoso lembrar destas coisas!



Quando criança eu morava no bairro da Penha, em São Paulo, em um loteamento novo, ruas em forte declive, de terra, ainda, pois o asfalto demoraria a chegar, eu vivia bem feliz.


Muitos pomares, riacho, campos de futebol na várzea, um pequeno lago, árvores, diversas casas em construção.
Um paraíso para as crianças brincarem.

Por vezes, o excesso de chuva criava erosões gigantescas, para um observador do meu tamanho, e eu gostava de me embrenhar por elas, sem medir os riscos. Nunca me aconteceu um acidente quando estava lá embaixo. O pior que acontecia quando ia brincar lá embaixo, era furar o pé em um caco de vidro, ou ter uma farpa de madeira espetada no dedo, nada sério.


Nessa época, tínhamos um patinete, feito em casa, com rodas grandes; quase perfeito, a não ser pelo freio. De vez em quando, o pedal passava para baixo da tábua, deixando-me ao deus-dará.


Quando isso acontecia, havia três possibilidades:

      

1- Manobrar o patinete, fazendo-o derrapar para um dos lados, diminuindo a velocidade

2- Pular, e sair correndo para não cair

3- Tentar pular, mas já sair rolando antes de começar a correr. Um acidente que, normalmente, doía muito.



Era comum eu chegar escoriado quando andava de patinete, mas nunca foi nada muito sério, exceto aquela vez em que rolei para dentro da erosão.


Quase desmaiei, com o susto.


Fui tentar a derrapagem para perder a velocidade, e não percebi que estava perto do buraco. Repentinamente o chão sumiu debaixo de mim. Eu ia indo bem, mas, repentinamente, o patinete bateu na lateral do outro lado do barranco, caí, e o patinete caiu por cima de mim.


Levei vários segundos para tentar levantar. Parecia que o patinete havia crescido, ficado pesado, e aquelas estrelinhas girando... 


Quando consegui me levantar, olhando para fora do buraco, tornei a me esconder, pois, na esquina de cima, acabara de ver algumas crianças da minha turma, meus amigos, e fiquei com medo que percebessem o acontecido.


A gozação doeria mais que os diversos ferimentos obtidos com aquele tombo.


Felizmente nenhum deles percebeu minha queda, e eu continuei mais um tempo no buraco, fingindo que estava brincando lá embaixo.


Só alguns dias depois foi que contei aos amigos o que acontecera, mas então já não sofreria com o deboche que pudessem fazer.


segunda-feira, 6 de maio de 2013

Festa



Bem vinda, Vida

Quero cantar, e gritar, a mais não poder,
a alegria da vida que eu posso viver
Ao invés de tristezas, escolhi alegrias,
Ao invés de remorso, eu vivo o prazer

Estava cheio de culpas, de mágoas, passadas
carregava um peso maior do que eu.
Meus ombros curvados, cabeça abaixada,
Eu vivia no inferno, agora vivo no céu.

Cantar a alegria
Viver com prazer
Cabeça erguida
Não mais me esconder

Quando já parecia não ter mais saída.
Ao invés de um Sim só havia o Não,
Descobri o sentido de uma palavra,
E passei a usar a palavra Perdão!

Perdoei as ofensas que já recebi
Pedi perdão a quem magoei
A andar sem as culpas eu aprendi
Festejar a alegria é o que eu farei.


Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...