segunda-feira, 24 de setembro de 2012

COMPRANDO UM MILAGRE



Uma garotinha foi para o quarto e pegou um vidro de geléia que estava escondido no armário e derramou todas as moedas no chão.

Contou uma por uma, com muito cuidado, três vezes.
Precisava saber exatamente quanto tinha. Não podia errar.

Colocando as moedas de volta no vidro e tampando-o bem, saiu pela porta dos fundos em direção à farmácia, cuja placa acima da porta tinha o rosto de um índio.

Esperou com paciência o farmacêutico lhe dirigir a palavra, mas ele estava ocupado demais. A garotinha ficou arrastando os pés para chamar atenção, mas nada. Pigarreou, fazendo o som mais enojante possível, mas não adiantou nada. Por fim tirou uma moeda de 25 centavos do frasco e bateu com ela no vidro do balcão. E funcionou!

- O que você quer? - perguntou o farmacêutico irritado. - Estou conversando com o meu irmão de Chicago que não vejo há anos, explicou ele sem esperar uma resposta.

- Bem, eu queria falar com o senhor sobre o meu irmão -, respondeu Tess no mesmo tom irritado. - Ele está muito, muito doente mesmo, e eu quero comprar um milagre.

- Desculpe, não entendi. - disse o farmacêutico.

- O nome dele é Andrew. Tem um caroço muito ruim crescendo dentro da cabeça dele e o meu pai diz que ele precisa de um milagre. Então eu queria saber quanto custa um milagre.

- Garotinha, aqui nós não vendemos milagres. Sinto muito, mas não posso ajudá-la. - explicou o farmacêutico num tom mais compreensivo.

- Eu tenho dinheiro! Se não for suficiente vou conseguir o resto. O senhor só precisa me dizer quanto custa.

O irmão do farmacêutico, um senhor bem aparentado, abaixou-se um pouco para perguntar à menininha de que tipo de milagre o irmão dela precisava.

- Não sei. Só sei que ele está muito doente e a minha mãe disse que ele precisa de uma operação, mas o meu pai não tem condições de pagar, então eu queria usar o meu dinheiro.

- Quanto você tem? - perguntou o senhor da cidade grande.

- Um dólar e onze cêntimos -, respondeu a garotinha bem baixinho. - E não tenho mais nada. Mas posso arranjar mais se for preciso.
- Mas que coincidência! - disse o homem sorrindo. - Um dólar e onze cêntimos! O preço exato de um milagre para irmãozinhos!

Pegando o dinheiro com uma das mãos e segurando com a outra a mão da menininha, ele disse:
- Mostre-me onde você mora, porque quero ver o seu irmão e conhecer os seus pais. Vamos ver se tenho o tipo de milagre que você precisa..

Aquele senhor elegante era o Dr. Carlton Armstrong, um neurocirurgião. A cirurgia foi feita sem ônus para a família, e depois de pouco tempo Andrew teve alta e voltou para casa.

Os pais estavam conversando alegremente sobre todos os acontecimentos que os levaram àquele ponto, quando a mãe disse em voz baixa:

- Aquela operação foi um milagre. Quanto será que custaria?

A garotinha sorriu, pois sabia exatamente o preço: um dólar e onze cêntimos! - Mais a fé de uma criancinha.

O milagre começou com a decisão de procurá-lo.
Você precisa de um milagre? Corra atrás.

Deus quer fazer um milagre em você.
Abraço.
Extraido

Seu Pendrive tem “Blutufe”?


História bem contada, mostrando a rapidez da modernidade....

Oswaldo tirou o papel do bolso, conferiu a anotação e perguntou à balconista:
Moça, vocês têm pendrive?
Temos, sim.

O que é pendrive? Pode me esclarecer? Meu filho me pediu para comprar um.
Bom, pendrive é um aparelho em que o senhor salva tudo o que tem no computador.
Ah, é como uma disquete...
Não. No pendrive o senhor pode salvar textos, imagens e filmes.
A disquete, que nem existe mais, só salva texto.
Ah, tá bom. Vou querer.
Quantos gigas?
Hein?
De quantos gigas o senhor quer o seu pendrive?
O que é giga?
É o tamanho do pen.
Ah, tá. Eu queria um pequeno, que dê para levar no bolso sem fazer muito volume.
Todos são pequenos, senhor. O tamanho, aí, é a quantidade de coisas que ele pode arquivar.
Ah, tá. E quantos tamanhos têm?
Pode ter 2; 4; 8; 16 gigas...
Hmmmm, meu filho não falou quantos gigas queria.
Neste caso, o melhor é levar o maior.
Sim, eu acho que sim. Quanto custa?
Bem, o preço varia conforme o tamanho. A sua entrada é USB?
Como?
É que para acoplar o pen no computador, tem que ter uma entrada compatível.
USB não é a potência do ar condicionado?
Não, isso é BTU.
Ah! É isso mesmo. Confundi as iniciais. Bom, sei lá se a minha entrada é USB.
USB é assim ó: com dentinhos que se encaixam nos buraquinhos do computador. O outro tipo é este, o P2, mais tradicional, o senhor só tem que enfiar o pino no buraco redondo. O seu computador é novo ou velho? Se for novo é USB, se for velho é P2.  
Acho que o meu tem uns dois anos. O anterior ainda era com disquete. Lembra da disquete? Quadradinho, preto, fácil de carregar, quase não tinha peso. O meu primeiro computador funcionava com aqueles disquetes do tipo bolacha, grandões e quadrados. Era bem mais simples, não acha? Os de hoje nem têm mais entrada para disquete. Ou é CD ou pendrive.
Que coisa! Bem, não sei o que fazer. Acho melhor perguntar ao meu filho.

Quem sabe o senhor liga pra ele?
Bem que eu gostaria, mas meu celular é novo, tem tanta coisa nele que ainda nem aprendi a discar.
Deixa eu ver. Poxa, um Smarthphone! Este é bom mesmo! Tem Bluetooth, woofle, brufle, trifle, banda larga, teclado touchpad, câmera fotográfica, flash, filmadora, radio AM/FM, TV digital, dá pra mandar e receber e-mail, torpedo direcional, micro-ondas e conexão wireless....

Blu... Blu... Blutufe? E micro-ondas? Dá prá cozinhar com ele?
Não senhor. Assim o senhor me faz rir. É que ele funciona no sub-padrão, por isso é muito mais rápido.

Pra que serve esse tal de blutufe?
É para um celular comunicar com outro, sem fio.

Que maravilha! Essa é uma grande novidade! Mas os celulares já não se comunicam com os outros sem usar fio? Nunca precisei fio para ligar para outro celular. Fio em celular, que eu saiba, é apenas para carregar a bateria...

Não, já vi que o senhor não entende nada, mesmo. Com o Bluetooth o senhor passa os dados do seu celular para outro, sem usar fio. Lista de telefones, por exemplo.
Ah! E antes precisava de fio? 
Não, tinha que trocar o chip.
Hein? Ah, sim, o chip. E hoje não precisa mais chip...
Precisa, sim, mas o Bluetooth é bem melhor.
Legal esse negócio do chip. O meu celular tem chip?
Momentinho... Deixa ver... Sim, tem chip.
E faço o quê, com o chip?
Se o senhor quiser trocar de operadora, portabilidade, o senhor sabe.

Sei, sim, portabilidade, não é? Claro que sei. Não ia saber uma coisa dessas, tão simples? Imagino, então que para ligar tudo isso, no meu celular, depois de fazer um curso de dois meses, eu só preciso clicar nuns duzentos botões...
Nããão! É tudo muito simples, o senhor logo aprende. Quer ligar para o seu filho? Anote aqui o número dele. Isso. Agora é só teclar, um momentinho, e apertar no botão verde... pronto, está chamando.


Oswaldo segura o celular com a ponta dos dedos, temendo ser levado pelos ares, para um outro planeta:
Oi filho, é o papai. Sim. Diz-me, filho, o seu pen drive é de quantos... Como é mesmo o nome? Ah, obrigado, quantos gigas? Quatro gigas está bom? Ótimo. E tem outra coisa, o que era mesmo? Nossa conexão é USB? É? Que loucura.

Então tá, filho, papai está comprando o teu pen drive.

Que idade tem seu filho?
Vai fazer dez em março.
Que gracinha...
É isso moça, vou levar um de quatro gigas, com conexão USB.
Certo, senhor. Quer para presente?


Mais tarde, no escritório, examinou o pendrive, um minúsculo objeto, menor do que um isqueiro, capaz de gravar filmes! Onde iremos parar? Olha, com receio, para o celular sobre a mesa. "Máquina infernal", pensa. Tudo o que ele precisa é um telefone, para discar e receber chamadas. E tem, nas mãos, um equipamento sofisticado, tão complexo que ninguém que não seja especialista saberá compreender.
Em casa, ele entrega o pen drive ao filho e pede para ver como funciona. O garoto insere o aparelho e na ecrã abre-se uma janela. Em seguida, com o mouse, abre uma página da internet em inglês. Seleciona umas palavras e um 'heavy metal' infernal invade o quarto e os ouvidos de Oswaldo. Um outro clique e a música termina. O garoto diz:
-Pronto, pai, baixei a música. Agora eu levo o pendrive para qualquer lugar e onde tiver uma entrada USB eu posso ouvir a música. No meu celular, por exemplo.


Teu celular tem entrada USB?
É lógico. O teu também tem.
É? Quer dizer que eu posso gravar músicas num pen drive e ouvir pelo celular?
Se o senhor não quiser baixar direto da internet...

Naquela noite, antes de dormir, deu um beijo em Clarinha e disse:
Sabe que eu tenho Blutufe?
Como é que é?
Bluetufe. Não vai me dizer que não sabe o que é?
Não enche, Oswaldo, deixa eu dormir.

Meu bem, lembra como era boa a vida, quando telefone era telefone, gravador era gravador, toca-discos tocava discos e a gente só tinha que carregar num botão, para as coisas funcionarem?
Claro que lembro, Oswaldo. Hoje é bem melhor, né?
Várias coisas numa só, até Bluetufe você tem. E conexão USB também.
Que ótimo, Oswaldo, meus parabéns.

Clarinha, com tanta tecnologia a gente envelhece cada vez mais rápido. Fico doente de pensar em quanta coisa existe, por aí, que nunca vou usar.
Ué? Por quê?

Porque eu aprendi a usar computador e celular e tudo o que sei já está ultrapassado.
Por falar nisso temos que trocar nossa televisão.
Ué? A nossa estragou?
Não. Mas a nossa não tem HD, tecla SAP, slowmotion e reset.

Tudo isso?
Tudo.

A nova vai ter blutufe?
Boa noite, Oswaldo, vai dormir que eu não agüento mais...
   


(o autor é desconhecido, mas pode ser algum de nós, ou alguém, que nasceu nos anos 40, 50, 60, até nos 70)

Recebido 
Velho Pescador

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fiquei rico?

Acontecem coisas curiosas neste Brasil.
Os  milagres que acontecem aqui são incríveis.

Vou contar a história do sitiante pobre, que só tinha uma vaca.
Ele era pobre, mas safado, então descobriu um jeito novo de dizer que tinha muitas vacas.
A cada dia, ele chamava a vaca por um nome. 
No dia 1º ela era a Mimosa, no dia 2, a Tempestade,
dia 3 era a Vinagre, dia 4, a Manhosa, dia 5 a Malhada,
dia 6 a Sofia, dia 7 a Sabida, e assim por diante.

Quando ele precisava de um empréstimo, ia lá e penhorava a vaca do dia, ou seja, se fosse no dia 2, dava como garantia a Tempestade. No outro empréstimo, era a Manhosa, e assim por diante.
Um dia ele faliu, e o credor foi até lá com três caminhões para buscar as 30 vacas penhoradas...

Você consegue imaginar o resto? Voltou só com uma, e mais 29 de prejuizo.

No Brasil, para mostrar que a nação enriqueceu, passou-se a considerar classe média os pobres que ganham uma migalha.

Bem; vamos à notícia: 



Negros são quase 80% da nova classe média, diz estudo do governo

Mais de 50% dos brasileiros estão nesse segmento que, segundo o governo, compreende famílias com renda mensal per capita entre R$ 291 e R$ 1.019
REDAÇÃO ÉPOCA COM AGÊNCIA BRASIL
Aproximadamente 80% dos novos integrantes da classe média brasileira são negros. Nos últimos dez anos, a classe média teve um crescimento de 38% e hoje abrange 53% da população, o que significa 104 milhões de brasileiros. Os dados são do estudo Vozes da Classe Média divulgado nesta quinta-feira (20) pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
“Uma das característica da classe média é que os grupos que entraram eram os que estavam menos representados. Agora ela [classe média] é muito mais heterogênea do que era há dez anos. As empregadas domésticas que eram uma fração menor ampliaram a participação, os negros aumentaram. Quase 80% do aumento na classe média referem-se à população negra”, disse o secretário de Assuntos Estratégicos da SAE, Ricardo Paes de Barros.
Com esse aumento, a representatividade entre negros e brancos na classe média ficou equilibrada. Um total de 53% da classe média é formada por negros e 47% por brancos. O estudo registra que esse equilíbrio, no entanto, não significa que as desigualdades raciais foram superadas, uma vez que perduram nas demais classes. Na classe alta, 69% são brancos e 31%, negros e na classe baixa 69% são negros e 31%, brancos.
O estudo identificou também relações entre o emprego e a classe média. Dos trabalhadores ocupados – formais e informais –, 57% estão na classe média. Quando se leva em conta apenas os trabalhadores formais, esse número sobre para 58%. 
Crescimento
Atualmente, 104 milhões de brasileiros estão na classe média. Nos últimos dez anos, foram 35 milhões os brasileiros incluídos nesse segmento. A pesquisa classifica como classe média os que vivem em famílias com renda per capita mensal entre R$ 291 e R$ 1.019 e tem baixa probabilidade de passar a ser pobre no futuro próximo. (grifo meu).
De acordo com o estudo, a expansão desse segmento resultou de um processo de crescimento do país combinado com redução na desigualdade. A estimativa é que, mantidas a taxa de crescimento e a tendência de queda nas desigualdades dos últimos dez anos, a classe média chegue a 57% da população brasileira em 2022.
Os dados indicam que a redução da classe baixa foi mais intensa do que a expansão da classe alta. De 2002 a 2012 ascenderam da classe baixa para a média, 21% da população brasileira, enquanto da classe média para a alta ascenderam 6%.
O ministro da SAE, Moreira Franco, destacou o importância do crescimento da classe média para movimentar e impulsionar a economia do país, pois essa fatia da população responde por 38% da renda e do consumo das famílias. “Em torno de 18 milhões de empregos foram criados na última década, esses empregos formais foram associados a uma política adequada de salário mínimo que deu ganhos reais acima da inflação aos brasileiros”, disse Franco.
O crescimento da renda da classe média tem sido maior do que o do restante da população, de acordo com os dados apresentados no estudo. Enquanto na última década a renda média desse segmento cresceu 3,5% ao ano, a renda média das famílias brasileiras cresceu, no mesmo período, 2,4% ao ano.
“A classe média brasileira vai movimentar em 2012 cerca de R$ 1 trilhão”, estimou Renato Meirelles, do instituto de pesquisa Data Popular, que participou da elaboração do estudo.
O estudo usa como base dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Instituto Data Popular. 


  Abraço.

Velho Pescador.

ONU? - SAFADEZA


Os safados continuam mandando mensagens me avisando de que sou beneficiário de boas somas de dinheiro. Tudo o que eu tenho que fazer é, inicialmente, entrar em contato, fornecendo dados para que eles possam transferir esses valores. Se entrar nessa, com certeza vão pedir um depósito inicial, ou meus dados completos, e o que vou ganhar é um tremendo prejuizo.
Desta vez a coisa veio em nome da ONU.
Publico na íntegra, em inglês, mas, se você quer traduzir, pode fazê-lo pelo Google Translate.

Abraço.
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GOOD DAY BENEFICIARY

Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012 11:18
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WB/NF/UN/XX2012 UNITED NATIONS.
(WORLD BANK ASSISTED PROGRAM)

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PAYMENT AND TRANSFERS.
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This letter is from the United Nation World Fund Discovery Management and Payment
Bureau newly established by the World Financial Service Authority United States Of
America / United Kingdom. This body was set up to discover an unpaid fund being owed
to Governments or Individuals all over the world through Contract Payment, Inheritance,
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It will interest you to know that we have discovered an unpaid / unclaimed sum of
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communication with you regarding the release of your fund immediately.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Desarmamento?

Escrito por Bene Barbosa | 20 Setembro 2012
Artigos - Desarmamento
Enquanto os “ianques belicistas” de Utah possuem a taxa de 1,9 homicídios por 100 mil habitantes, os “pacifistas tupiniquins” de Alagoas engolem a taxa de 66,8 por 100 mil habitantes.

Todos os dias, pela manhã, recebo a clipagem das notícias de interesse do MVB, veiculadas pelos diversos órgãos de impressa de todo o país. Hoje, um texto me chamou a atenção, não pelo seu conteúdo, uma vez que é, maxima data venia, claudicante e simplório, mas sim por ser de autoria de um proeminente membro da magistratura brasileira e, também, coincidentemente, um ex-professor de quando cursei direito.
Nesse artigo, basicamente ele sustenta a velha tese que quanto mais armas, mais homicídios, externando parecer-lhe absurdo querer copiar os “ianques” em suas leis sobre a posse e o porte de armas. Obviamente, ele se baseou tão somente eu sua ideologia e não em fatos e dados, repetindo apenas aquelas velhas cantilenas que nos chegam aos ouvidos e nem mesmo nos lembramos de onde partiram. Não fosse isso, não teria escrito o descalabro de que o comércio de armas aumentou no Brasil, quando, em verdade, sofreu uma redução superior a 90% desde o ano 2000.
Ainda assim, levando-se em conta apenas e tão somente a teoria sustentada no artigo, no sentido de que a arma de fogo causa homicídios da mesma forma que o mosquito Aedes Aegypti causa a dengue - teoria esta abandonada até mesmo pela ONU, diga-se de passagem -, comparei um estado “ianque” e um estado “tupiniquim”, Utah e Alagoas, respectivamente.
Ambos os estados possuem aproximadamente três milhões de habitantes. Utah é um dos mais armados dos EUA, com quase 2,5 milhões de armas, ou seja, praticamente uma arma para cada morador. Alagoas é um dos estados mais desarmados do Brasil, com apenas 9.558 registradas, de acordo com informações da Polícia Federal, ou seja, 0,003186 arma por habitante.
O porte de armas em Alagoas é proibido, como em todo o Brasil, e a Polícia Federal não informa quantos portes há neste estado. Em Utah, o porte de arma, isto é, a permissão para que o cidadão ande armado, é do tipo “Shall-Issue”, que consiste na permissão de porte desde que o cidadão apresente certas prerrogativas, como, por exemplo, idade mínima, comprovante de residência, tenha um curso preparatório para o uso de armas, dentre outros. Porém, uma vez que o cidadão se enquadre nestes requisitos, obrigatoriamente o órgão policial é obrigado a expedir o porte de arma. Lá, diferente daqui, não existe a temerária discricionariedade, que coloca o cidadão ao jugo dos humores das autoridades.
Em todo ano de 2010 – últimos dados disponíveis pelo FBI –, Utah registrou 53 homicídios. Alagoas, terra de desarmamentistas como Renan Calheiros, registrou em 2010 a assustadora soma 2.084! Enquanto os “ianques belicistas” de Utah possuem a taxa de 1,9 homicídios por 100 mil habitantes, os “pacifistas tupiniquins” de Alagoas engolem a taxa de 66,8 por 100 mil habitantes. Os “belicistas” matam 40 vezes menos que os “pacifistas”.
Uma vez provado, com dados e fatos, que armas não significam crimes, gostaria apenas de frisar que o termo “ianque” é tão depreciativo quanto o “tupiniquim” aqui utilizado. Não, os brasileiros não são assassinos natos, não são violentos propensos ao homicídio e barbárie. A diferença é que lá quem é punido é quem comete o crime, e não sua vítima, como acontece no Brasil, onde se desarma o cidadão e os criminosos podem agir com segurança, invadindo casas, roubando, estuprando e, quando lhes dá vontade, matando sem piedade.


Bene Barbosa é bacharel em direito, especialista em segurança e presidente do Movimento Viva Brasil – www.mvb.org.br



Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...