terça-feira, 15 de abril de 2014

Sou apenas "eu"


Escrevi estes versos para algumas pessoas de um determinado sitio de poesia, que nunca estão satisfeitas, nunca gostam de nenhum escrito.

Sou apenas "eu"!


Eu não vivo para rimar, porém escrevo
Não escrevo, para viver, porém eu vivo
Não me arrolo o título de poeta,
Mas poetizo.

Invento versos, em idéias elocubro
E vou rimando, porém não é uma sina
Um dia, qualquer dia, eu me descubro
E se me descobrir, melhoro a rima

Se não gostou de mim, ou da poesia, ora,
Busque noutra freguesia, sem demora,
Porém, não critique demais.

Sou apenas um Velho Pescador,
Se quer ler algum grande escritor,
Leia o Vinícius de Moraes.



Velho Pescador




E eu, sou o Arthur

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pede Perdão

Exposição de Orquídeas em Marília-SP Abril/14


Quando pensares que venceste em tua vida,
E te esqueceres que nem tudo inda viveste,
E, na loucura, imaginares escondidas
Todas as culpas que ficaram, do que fizeste

Mesmo que creias que ninguém mais te acusa,
Que a consciência  já esta amortecida,
E não virá à tona o que esqueceste, Cuida! 
Não fugirás, jamais, da culpa esquecida

Um dia, em teu caminho, encontrarás
Aquilo que tu nunca desejaras.
Então, como te defenderás
Se, de inopino, vem o que não esperavas?

Há uma atitude só que pode mudar isso,
Esse destino tão cruel que apavora
Busque nas lembranças, perdoa o esquecido
Peça perdão pelo que fizeste outrora.

Então, a paz inundará a tua vida
Ficarás mais leve, livre da acusação
Assume hoje a lição que Cristo ensina
Perdoa sempre, sê humilde, pede perdão.

Velho Pescador

A ELASTICIDADE DOS PEIXES

Olá!
Em Novembro de 2012, postei, em outro blog, um artigo que chamou a atenção "do mundo científico" (rs), relacionado à mudança que ocorre no tamanho dos peixes, para mais e para menos, dependendo o momento.
Não acredita? Veja abaixo:



A ELASTICIDADE DOS PEIXES
Ou chamo de  “efeito-sanfona”?
Dizem que pescador é mentiroso, e há muitos que o são, mas, se há um bicho que aumenta e diminui de tamanho e de peso, é o peixe. Nunca vi coisa igual!
O tamanho dele continua variando independentemente do tempo em que foi a pescaria.
Quando você fisga o bicho, calcula que ele tenha quatro quilos. Ao vê-lo, ainda na água, acha que deva ter cinco a seis quilos. Se você estiver em um pesqueiro, na hora de pagar, você acha que tem um quilo e meio, mas paga por sete quilos.  Chegando em casa percebe que ele mal alcança os dois quilos e meio.
Será que desidratou?
Mas não, não para por aí, não...
Nos dias seguintes, quando o pescador vai contar aos amigos, o peixe já está crescendo de novo. Quinze...  dezesseis, vinte quilos... E assim vai.
Essa variação se aplica também ao tamanho.
Eu já vi sujeitos contando que fisgaram lambaris deeeesseeeee tamanho, e não duvido, pois tenho experiência, e sei que peixe varia muito de tamanho e peso...
Ou não, como diria o Aurélio.

Segundo o Professor Doutor O.R.Anderson, "essa variação de peso e tamanho dos peixes está de acordo com a Teoria da Relatividade dos pescadores", Enquanto o Professor Doutor C.R.Anderson, sugeriu uma nova unidade de medida, o KgE, que nos coube definir, e você passa a conhecer agora:

KgE = Quilograma Emoção

KgE =  É uma Unidade de peso relativa, imensurável, correspondente ao Kg em condições especiais, variável de forma inconstante e ilimitada, para mais ou para menos, dependendo de circunstâncias específicas ou não.

Usa-se esta Medida de Massa para evitar constrangimentos aos Pescadores, Caçadores e Contadores de Causos, e explicar diversos outros contecimentos especiais.

Equivalencias:         Algumas pessoas substituem o KgE pelos termos equivalentes “tamanhinho” e “tamanhão”, que podem ser explicados da seguinte forma, a mesma, por sinal.

Tamanhinho:           Pode, ou não, equivaler a 1g, 10g, 100g, 1kg ou seus múltiplos.
Tamanhão:              Pode, ou não, equivaler a 1g, 10g, 100g, 1kg ou seus múltiplos.


Na continuação do estudo, vamos definir o Kgf+E

KgfE - Quilograma-força Emoção:

Aplicando-se a Teoria da Inconsistência, de Roldan, em conjunto com a Especificidade incongruente,
temos X = Kgf+T . Peixe, ou X = Kgf-T . Peixe, 
onde X (Emoção) continua sendo incógnita variável, indiferentemente do resultado da Equação, para mais ou para menos.

Aplica-se também a abreviatura KgE.


Velho Pescador
Republicação

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Rio poético - Republicação

 
 
 
 
Rio Tinguá...

Rio bonito,  rio querido!
Até peixes coloridos
existem para te enfeitar.
Você nunca causa enchente
para não molestar a gente
da casa do Coronel.


Rio Tinguá...

Rio perene, rio valente!
Nem mesmo a seca mais brava
é capaz de te secar.
Dessa forma, te aproveitam,
dia-a-dia, o ano inteiro
na casa do Coronel.


Rio Tinguá...

Rio querido, de água limpa
que serve para fazer a comida
e serve para refrescar.
Tua água é tão gostosa
e dá vida nova às rosas
da casa do Coronel.


Rio Tinguá...

Rio maneiro, sossegado,
onde pode brincar, sem cuidado,
a filha do Coronel.
Te olhando, me pego a pensar
que seria quase o céu
se todo rio fosse Tinguá
e todo homem um coronel.


Velho Pescador  1996

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

A FACE NEGRA DO BRASIL!

A FACE NEGRA DO BRASIL!A FACE NEGRA DOBRASIL!


Como diz o bom Ramalho
Isso é que vida de gado!
Segue gado brasileiro
Eita rebanho cansado!
Enquanto fazem banquete
O gado passa a pão!
e com jogo de cintura
economiza a ração!
Eita gado esforçado
nunca perde a ilusão!
alguém disse na tv
vai em queda a inflação!
Isso é que é vida de gado!
Finge não ver a ganância
E apesar de tapeado
gado não perde a esperança!
Mesmo sendo castigado
Leva o fardo da indecência
E quando fica doente
É só assinar sentença!
Pro gado se aposentar
Dá-lhe fé e muita prece
É só Deus pra ajudar
Gado bom no INSS!
Pobre gado adaptado
A escassez e ao solavanco
Paga o juro abusivo
Quando precisa do banco
gado paga mil impostos
e o dinheiro vai pro ralo
desce na estação da chuva
e o gado morre afogado!
Gado não tem segurança
Também tem gado bandido!
E a boiada que lhe escapa
É quem lhe paga o presídio!
Se escapa do boi bandido
Pobre do gado assaltado!
Se for num fim de semana
Sem B.O. e sem delegado!
O rebanho até que tenta
brigar pelo seu tostão!
Mas de nada lhe adianta
Ainda é gado no busão!
Segue o gado e tenta greve
Do chicote tenta a fuga!
Greve do gado bancário!
Greve do gado que educa!
Mas não adianta pedir
que lhe abaixem os chicotes
que as lapadas cortam o bolso
por culpa de uns black blocs!
Só nos resta a jornada
De janeiro a janeiro!
Que a turma do mensalão
lava o nosso dinheiro!
isso que é vida de gado
De um bom gado brasileiro
aguenta porque tem raça
porque é um gado guerreiro!
Segue o gado na estrada
Do massacre incessante!
quando vão olhar pro gado
e aliviar no berrante?

(17/10/2013)

Recomeço é o pseudônimo de uma excelente poetisa, que publica no luso-poemas  (www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=259062#ixzz2nup16Bsp), e que me permite, vez por outra, trazer para cá algumas de suas pérolas.

Velho Pescador.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Bentinho, entre dois botecos

Uma das historias da Penha-SP

Início dos anos 60.
A Rua Mirandinha, da metade para o fim, tinha dois botecos: A vendinha do “Seu Zé” e o boteco do Marino,  a uns trezentos metros de distância, e aí, entre um e outro, circulava o Bentinho, sujeito simpático, inchado e abandonado .
Creio que ele mesmo se abandonou, devido à cachaça... O inchaço também se devia à própria.
Ele não falava muito do seu passado, a não ser que fora soldado do Corpo de Bombeiros.
Casado? Filhos? Ninguém sabe.
O que o pessoal sabia a seu respeito é que ele vivia em uma casa abandonada, à beira do córrego do Rincão, junto à ponte, e isso por vários anos. Algumas famílias lhe davam um prato de comida, ou um pão, que ele agradecia com uma palavra humilde.
O mesmo trajeto, várias vezes a cada dia, pedindo uma cachaça em um bar e no outro.
Nas primeiras do dia, tinha que segurar o copo com ambas as mãos, de tanto que tremia. Se o proprietário não lhe desse, alguém pagaria uma, pois muitos gostavam dele, com seu jeito bonachão, de menino grande. Quando não, ele chegava à vendinha com um copo de dose, que surrupiara do outro boteco, e o trocava por outra pinga. Ficava por ali uns momentos, e lá se ia, com outro copo no bolso, desta vez surrupiado da vendinha, e o trocava por outra cachaça no barzinho lá de baixo. Isso prosseguia dia após dia.
Os comerciantes achavam que estavam fazendo bom negócio, trocando um copo por uma pinga? Se assim fosse, lhes faltava observação, pois seu “estoque” de copos nunca aumentava, apesar de receber cerca de 5, 6, 10 copos ao dia. Era uma soma sem adição, quase um “milagre”, podemos dizer, pois, ao somar um, sem se dar conta, subtraía-se outro, e a quantidade permanecia estável, e por vezes, diminuía.
Eu, que trabalhei na vendinha durante vários meses, achava interessante aquela atitude, mas, quem era eu para comentar? Apenas um garoto, de dez ou onze anos.

Num inverno, noite muito fria... Temperatura bem abaixo de 0ºC.
Todos se recolheram mais cedo, e, no dia seguinte, a notícia...
O corpo do Bentinho foi encontrado, gelado, deitado próximo aos restos de uma pequena fogueira.. 
Muito pequena. 
O fogo se apagou.
O Bentinho ficou apenas na lembrança...

Acabou a negociação de um copo por uma pinga,
Não se via mais a figura do Bentinho, subindo e descendo a ladeira, com seu sorriso amigo cumprimentando a todos, paletó surrado, chinelos protegendo uns pés inchados.


Morreu de frio, o coitado...

Algumas vezes fiquei pensando:

No bolso do defunto, talvez houvesse um copo, preparado para o “desjejum”...

Pobre Bentinho.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Meus votos



Que em 2014 a mentira não prevaleça,
a sociedade seja mais séria e os valores respeitados,
a corrupção banida, e não considerada algo comum.
os criminosos sejam punidos, e se corrijam,
e os dependentes químicos tenham a chance de se recuperar

Que neste ano as famílias se unam,
haja amor e respeito nos lares,
os filhos honrem seus pais
e sejam honrados e cuidados por eles.
e que cada idoso receba carinho e atenção devidos.

Que a sociedade socorra os desvalidos,
e cada um dê o melhor de si em favor do próximo.
Que não falte o trabalho, digno e honrado,
que o salário, seja suficiente, e tenhamos sabedoria para administrá-lo.
Que não falte o pão em nossas mesas, e haja sempre prosperidade.
Que a nossa mão esteja sempre estendida para ajudar,
e o nosso ombro pronto a amparar.

Que as pessoas possam confiar umas nas outras,
Os eleitos cumpram honestamente os cargos recebidos.

Que os melhores sonhos se realizem,
a saúde seja uma constante,
e todos os problemas alcancem a melhor solução.
Que o trabalho continue a ser feito da melhor maneira,
em prol daqueles que precisam ou dependem de nós.

Desejo que, no próximo ano, continuemos a ser amigos leais e sinceros.

Sobretudo,
eu desejo que o Senhor Jesus Cristo,
A razão do Natal,
esteja presente em cada lar trazendo a paz que só Ele pode dar.

Feliz Natal
Feliz Ano Novo
e um grande abraço deste Velho Pescador

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...