quinta-feira, 16 de junho de 2016

A Missão de cada um


Este poema é dedicado a diversos queridos amigos que temos encontrado a cada dia, a cada novo desafio, e que, em determinado momento, se separam de nós, ou nós deles.




  Foto Osmar Anderson - http://anderson.pro.br/patagonia


Eu seguia o meu caminho, fazendo o que me cabia,

De repente você chegou, para lá, também, você ia.

Passamos a caminhar juntos, foi uma grande alegria

Muito aprendi com você, e ensinei o que eu sabia



Chegamos, nessa estrada, no ponto da despedida,

Até breve, meu amigo, prossiga na tua lida.

Eu sigo meus passos, mais lentos, mas continuo caminhando

Um dia, se Deus quiser, acabaremos nos encontrando



E quando nos encontrarmos, em alguma ocasião

Lembre-se que já andamos juntos, que ainda somos irmãos

Já sorrimos, já choramos, e já tivemos vitórias,

O desfio agora é outro, complete a tua história



Não precisa me esquecer, e saiba: eu também não esqueço

Por aqueles a quem amamos, sempre teremos apreço

Que Deus o abençoe, amigo. Eu te desejo sucesso

Passe em casa, quando puder Anote o meu endereço.






terça-feira, 10 de maio de 2016

Nada era dele



                                      (Gioia Junior) 


Disse um poeta um  dia,
fazendo referência ao Mestre amado:
"o berço que Ele usou na estrebaria,
por acaso era dele? Era emprestado!

E o manso jumentinho,
que em Jerusalém chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho,
Por acaso era dele? Era emprestado!

E o pão - o suave pão,
que foi por seu amor multiplicado
alimentando a multidão
Por acaso era dele? Era emprestado!

E os peixes que comeu junto ao lago,
ficando alimentado. Esse prato era seu? Era emprestado!

E o famoso barquinho?
Aquele barco em que ficou sentado
Mostrando à multidão qual o caminho
Por acaso era seu? Era emprestado!

E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos
Ao lado de Judas  que o traiu, de Pedro, que o negou
Por acaso era dele? Era emprestado!

E o berço tumular, que depois do calvário foi usado
de onde havia de ressuscitar
Por acaso era dele? Era emprestado!

Enfim, nada era dele!
Mas a coroa que Ele usou na cruz era dele!
E a cruz que carregou e onde morreu,
Essas eram de fato de Jesus! "

Isso disse um poeta certa vez,
numa hora de busca da verdade;
mas não aceito essa filosofia
que contraria a própria realidade.
O berço, o jumentinho, o suave pão,
os peixes, o barquinho, a sepultura e o quarto
eram dele a partir da criação;
Ele os criou - assim diz a Escritura;
mas a cruz que Ele usou, a rude cruz,
a cruz tosca e mesquinha,
onde meus crimes todos expiou,
essa cruz não era sua! A cruz era minha!

quarta-feira, 4 de maio de 2016

É fato!



E lá se vão
Os sonhos vermelhos
Tão grande ilusão
do povo brasileiro
Já não são

Como bolhas de sabão
que explodem, e se vão,
As promessas de palanque
deixaram de existir,
de supetão


Queriam o meu voto
a qualquer preço
Fariam o diabo pela reeleição
Mentiras mil, desvio de dinheiro,
Corrupção


Hoje estão pagando o preço
que o diabo cobra, com alarde,
E o povo, surpreendido, segue atento
o processo que leva ao impedimento.
E já vão tarde


A luta continua, não há tréguas,
Fecham estradas e avenidas, os mercenários,
Gritando: Não ao golpe! Mas, Que golpe,
Se atropelaram a Constituição?
Contradição!


A lista é tão grande, e tanta gente
envolvida com os crimes, simplesmente,
tenta desmentir o que é fato
O povo só quer vê-los, todos, presos!
Na Lava Jato!


Escândalos vem à tona; Empreiteiras,
políticos, sindicalistas, engenheiros
deputados, e senadores coniventes,
Acusados do desvio, mas, tudo aponta
O ex-presidente


Isso vai ser julgado, e esperamos
a recuperação dos bens desviados,
e a prisão dos envolvidos nesse rolo
Para isso o Brasil confia no trabalho
do Digno Juiz Sérgio Moro




Velho Pescador

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Natal, no Brasil




Um tempo diferente, em nossa sociedade,

em que as pessoas abraçam seus queridos,

trocam presentes, amam o comércio,

e tiram fotos com o velho Noel.



Crianças ganham um novo brinquedo, recém lançado,

de que não estão precisando, mas fazem questão de tê-los,

comprados na loja toda enfeitada com luzinhas e gnomos.



Grupos organizam o “amigo secreto”,

confraternizam, brindando com bebida forte,

desejando uns aos outros, “Sorte”...,

mas essa sorte, como virá?



Aproveitam os feriados, viajam, passeiam, divertem-se.

chafurdam nos vícios, pervertem-se.

Festejam com mesas fartas e as contas estouradas.

Redes sociais coloridas, cheias de felicitações (e reclamações),

e de muitas outras expressões.



Quase todos sem esperança, afinal, esperar em quê?

(Políticos corruptos, juízes políticos, a vergonha acabou.

Escândalos se sucedem no país quase inteiro

Ética? Apenas um termo..., a fome grassando,  mas

a novela mostrando um mundo irreal.)



Quase todos querem festejar

Fingir que não há nada, e brindar

Fingir que se festeja o Natal!



Resta-me desejar-lhe paz, alegria, felicidade,

e o conhecimento da Verdade, que é o motivo do Natal.



Lembrar de Jesus, O Senhor da Eternidade,  

que se fez homem, e veio no mundo habitar.

Nasceu menino, e em tudo foi tentado,

E nunca sucumbiu ao pecado, mas se entregou por nós



Fez muitos milagres, ensinou, e, sem pecados, foi morto O Santo Cordeiro de Deus.

Ressuscitou ao terceiro dia, cumprindo as profecias.

Que este Jesus possa participar de tuas festas e da tua vida,
e Ele trará a Paz!



Velho Pescador

23/12/2015

sábado, 22 de agosto de 2015

Amar uma mulher




Amar uma mulher, uma só mulher, 
não é para um homem qualquer,
mas sim para um homem de verdade, 
Não é se apaixonar, é mais que isso...
É saber se dar, e recebê-la

É compreender, mesmo não entendendo,
É apoiar, é ser cúmplice.
É locupletá-la, e locupletar-se,
É interagir, é se entregar

É vê-la sofrer, 
porque lhe falta um par de sapatos
que combine com aquela blusa, bolsa ou cinto,
com o que, nenhum dos outros quatrocentos pares, que tem, combina.

É vê-la vestir-se, trocar dezenas de vezes a roupa, para ver qual lhe cai melhor.
É saber dizer-lhe, com carinho, que aquela última está perfeita, 
e sorrir, satisfeito em meio à insatisfação pelo enorme atraso.

É responder com outro assunto, diante da perigosa pergunta:
 - "Você acha que estou gorda"?
e, em seguida, reafirmar sua beleza.

É ceder a prioridade no banho, e banheiro, 
É ceder a prioridade no carro,
É usar aquela roupa que você não gosta, 
 mas que ela acha linda...

É ficar alerta às suas idas ao cabeleireiro, e,
mesmo que ela mantenha o corte e a cor,
dizer-lhe como ela está linda,
elogiar o seu cabelo e penteado.

É levantar-se a cada manhã
decidido a ser feliz
e a fazê-la feliz naquele dia.

Amar uma mulher é, sobretudo, amar-se a si próprio,
pois
Infeliz é o homem que não sabe amar uma mulher.

Velho Pescador



quarta-feira, 10 de junho de 2015

Mãe





Imagem:  http://anderson.pro.br/

Oi mãe
Estou novamente escrevendo...
Faz pouco que escrevi uns versos, pois era dia das mães, mas agora resolvi escrever esta cartinha.


Dia desses, quando voltava do trabalho, senti aquele cheirinho gostoso de comida, sabe, mãe? Aquele cheirinho igual ao da comida que você fazia.  
Senti o cheiro, e bateu a saudade.
Saudade de você, mãe.
Saudade do teu tempero.
Saudade do teu cheiro...
Vontade de ouvir de novo os teus conselhos, de acariciar teus cabelos...
Me deu saudade!


Sabe, mãe:
Quando você foi chamada pro céu, a saudade doía em mim, e doía muito.
Muitas vezes parecia que eu ia chegar em casa e te encontrar, mas logo percebia que não, daí eu ia para um cantinho e chorava, disfarçado para não aumentar a dor dos outros.
Passou uma semana, duas, um mês... Logo passou um ano, e mais outro... 
Chegou a hora do papai. Ele também foi chamado. Depois foi o Oswaldo, depois o Elias, e mais recentemente o Edson. Eles também já se foram, e eu aqui, ficando velho.
E sentindo saudades, ainda.

 
Sabe, mãe:
Esse sentimento já não dói igual, mas ainda dói.
Dói de outro jeito, de um jeito gostoso, que me leva a falar de você, das coisas boas que vivemos juntos, que você nos ensinava.
Saudades do pai, e dos irmãos, à mesa, como quando éramos crianças.
Saudades do tempo em que o futuro era só alegria e esperança, quando a vida não tinha machucado tanto.

Interessante, mãe.
À medida em que o tempo passa, que a idade avança, percebo que já não avalio a morte como algo tão indesejável, tão ruim. A morte física é uma decorrência da vida, e não me assusta. Agora, quando penso nela, já é com oração pela esposa, pelo filho, pelos familiares, por tantas pessoas amadas que ficarão.
Eu me sinto tranquilo quanto ao que, um dia, devo enfrentar. Me sinto sossegado quanto ao futuro, com Deus.

Lembra, mãe? Isso também foi você que me ensinou.

Até mais, mãe.
Não sei quando vou escrever de novo. Eu escrevo para os outros lerem a teu respeito, e para eu mesmo ler.
Você já não precisa disso, porque agora você tem tudo!

Você está com Jesus.

Até um dia, mãe.
Grande beijo


Velho Pescador

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...