sexta-feira, 11 de maio de 2012

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA - O Barulho dos trovões, ao longe (3)



                                                         
                                                            Família Anderson 1959




O barulho dos trovões, ao longe
E a chuva, que caia lá fora,
Trouxeram-me, novamente, à memória,
A vida que levava, e não me foge.

Lembrei-me do almoço aos domingos
Mamãe, papai, irmãos, todos à mesa
Várias visitas, todos sempre eram bem-vindos.
Uma família, bem feliz, tenha a certeza

Mamãe, ao fogão, era uma artista
Criando formas, aromas e sabores,
Cozidos, assados, mil quitutes.
Deliciosos, que enchiam nossa vista

Após a refeição, inda à mesa,
Papai, ao bandolim, tocava hinos
Que juntos cantávamos, alegres...
Assim era o almoço, aos domingos.

Depois, nos levantávamos, devagar,
E para a sombra, papai nos convidava.
Idéias, opiniões, compartilhar...
Assim a nossa tarde se passava.

Irmãos maravilhosos, sempre juntos,
Tudo era motivo para brincar...
Um ao outro, chamando por apelidos
Que nos uniam, ao invés de afastar.

Momentos de ternura, inesquecíveis,
Eu não sabia, não podia imaginar
Que eu, por motivos tão incríveis
Um dia abandonaria aquele lar*

Andei fugindo, me afastei, na juventude;
Perdido nos meandros do alcoolismo...
Magoei a todos que me amavam... Estava enfermo!
Andei tão longe, imerso em mim mesmo.
Sem ninguém me esperando, onde ir?
Pensei que a morte fosse a saída, fosse o termo.

Nesse tempo eu pensava na morte,
A depressão calara fundo em mim.
Jesus mudou para melhor a minha sorte.
Fez um milagre! Recuperou-me, eis me aqui.

*  ( ... a continuação desta história você pode ler na Biografia em http://elio.anderson.pro.br/)

Um comentário:

  1. Bons tempos de infância e adolecência, foi mto bom!
    Tenho pena ao ver as crianças e adolecentes deste País, que não tem lugar de brincar e não tem carinho de pai e mãe, afinal o tempo é curto todos trabalham e esquecem de dar carinho e ser amigos dos filhos, exemplo de vida eles não tem e aprendem tudo que é maldade e malícia, infelizmente as coisas mudam e pra pior.

    ResponderExcluir

Bem vindo, visitante.
Compartilhe conosco sua opinião.

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...