Nesta longa
estrada da vida,
No seu caminhão,
com excesso de carga,
detona o
asfalto, foge de assaltos,
E vai
destruindo nossas estradas
Evitando
os pedágios, pagando os pecados.
Pagando
os impostos, o quê vai fazer?
E o frete
pequeno, tantas despesas
Cadê
dinheiro para abastecer?
Se furar um
pneu, adeus sustento...
Os pneus
novos tem que financiar.
E o
caminhoneiro, tão destemido,
Ainda
insiste em trabalhar.
Chegar em
casa, depois de dias
Viagem
longa, que não rendeu nada.
Matar
saudades de sua querida
E sair atrás
de uma nova carga
O filho
cresceu, e ele nem viu
Quando é que
foi que o filho cresceu?
Tão
entretido com os fretes e a vida
Ele estava
na estrada, não percebeu
O caminhão
desgastado, ele envelhecido
O sonho que
tinha já foi esquecido
Chegada a
hora de se aposentar
E pra
estrada querida nunca mais voltar
O coração está
machucado
Agora não
sabe mais o que fazer
O seu
caminhão, sempre bem cuidado,
Ele,
aposentado, teve que vender
Velho
Pescador 05/10/2012
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