segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia!

INCÊNDIO NA BOATE



Mais de 230 mortos, 103 dos quais, alunos da Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Brasil.
Muitos feridos, cerca de 75 em estado grave, correndo risco de vida, ainda.
90% dos mortos com idades entre 18 e 21 anos.
Uma tragédia que abalou o Brasil, e o mundo.
São muitas famílias que perderam seus entes queridos. São vidas ceifadas por um incêndio com complicações. Projetos de vida interrompidos, sonhos que não mais se realizarão.
Estavam felizes! Festejavam a vitória de entrar para a Universidade, após o vestibular. Festejavam já a vida futura, os novos amigos, a novidade da vida.
Estavam festejando, em uma boate. Uma banda que tocaria ali acendeu fogos de artifício dentro da boate, o que era comum fazerem.
Havia riscos? E quem se importa com isso?
Aquela era hora de festejar, não de se preocupar.
Nem os músicos e nem os frequentadores estavam preocupados.

Havia apenas uma saída de emergência, muito estreita, com sinalização deficiente, o que levou muitos jovens a morrerem asfixiados no banheiro, confundido com a saída de emergência.

A porta frontal foi fechada, para impedir que alguém saísse sem pagar sua despesa... Mesmo que estivesse aberta, não teria capacidade para evacuar todos os que se encontravam lá dentro.

Ao ver o fogo, alguns recorreram aos extintores... que estavam vazios, inapropriados para o uso...

Alguns voluntários passaram a quebrar as paredes, para ajudar na saída das pessoas, mas foi tarde, para muitos...

Mortos! Muitos jovens mortos.
Sabe-se agora que a licença para funcionamento daquela casa estava vencida e não havia sido renovada, ou seja, funcionava sem autorização legal.

Sabe-se  agora que a lotação da casa seria, de acordo com os técnicos, no máximo, 1.300 pessoas, mas a gerência alegava poder comportar 2.000..
Sabe-se agora que a lotação máxima seria de 691 pessoas, e havia mais que o dobro disso.

Sabe-se agora...

Vai se culpar algumas pessoas, depois do acontecido.
Vai se prender alguns, multar, proibir a continuidade do funcionamento dessa boate, mas... e daí?
Pelas leis brasileiras, os culpados, se forem presos, ficarão bem pouco tempo na cadeia, se forem presos, repito.
A não ser que sejam pobres... Se forem pobres ficarão presos, sofrerão muito ali, pois precisariam de bons advogados, e os bons advogados custam caro!

Em pouco tempo, os donos dessa boate, fechada, abrirão outra, ou outras casas noturnas, nos mesmos moldes.
Vão tomar um pouco mais de cuidado no início, com certeza, até que se esqueça do que aconteceu, e daí volta tudo ao que era antes.

As famílias enlutadas, que há poucos dias estavam sonhando os sonhos com os filhos, nunca voltarão a ser que eram antes.
Ficaram mutiladas, marcadas. 
Marcadas pela depressão, tristeza, desânimo, medo, saudades...

A cidade ficou marcada.

A Universidade ficou marcada, e isso virou história, e, minha oração é para que essa história não se repita nunca mais.

Ninguém esperava esse incêndio. Ninguém havia se preparado para isso.
Estavam preparados, talvez, para esticar a noite, depois da boate, para algum barzinho, ou motel, ou seja lá o que for, mas não pensavam que uma fatalidade pudesse ocorrer.

Nós, que estamos vivos, devemos estar preparados para a morte, pois ela pode chegar a qualquer momento, de alguma forma que não podemos prever.
Li em Lucas, Capítulo 12 verso 21:
“Esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?

Às famílias enlutadas, meus pesares.
Aos que estão internados ainda, minha oração pela recuperação.
Aos comerciantes e empresários o meu pedido: Não pensem apenas no dinheiro.
Às autoridades, meu pedido de maior seriedade com a coisa pública.

Que Deus tenha misericórdia de todos.

Velho Pescador.



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