sábado, 12 de maio de 2012

As Pombas


Vai-se a primeira pomba despertada...
Vai-se outra mais... mais outra... enfim. dezenas
De pombas vão-se dos pombais, apenas
Raia sangüínea e fresca a madrugada...

E à tarde, quando a rígida nortada
Sopra, aos pombais de novo elas, serenas,
Ruflando as asas, sacudindo as penas,
Voltam todas em bando e em revoada...


Também dos corações onde abotoam,
Os sonhos, um por um, céleres voam,
Como voam as pombas dos pombais;

No Azul da adolescência as asas soltam,
Fogem... Mas aos pombais as pombas voltam,
E eles aos corações não voltam mais. ..


Raimundo Correia (1860/1911)



sexta-feira, 11 de maio de 2012

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA - O Barulho dos trovões, ao longe (3)



                                                         
                                                            Família Anderson 1959




O barulho dos trovões, ao longe
E a chuva, que caia lá fora,
Trouxeram-me, novamente, à memória,
A vida que levava, e não me foge.

Lembrei-me do almoço aos domingos
Mamãe, papai, irmãos, todos à mesa
Várias visitas, todos sempre eram bem-vindos.
Uma família, bem feliz, tenha a certeza

Mamãe, ao fogão, era uma artista
Criando formas, aromas e sabores,
Cozidos, assados, mil quitutes.
Deliciosos, que enchiam nossa vista

Após a refeição, inda à mesa,
Papai, ao bandolim, tocava hinos
Que juntos cantávamos, alegres...
Assim era o almoço, aos domingos.

Depois, nos levantávamos, devagar,
E para a sombra, papai nos convidava.
Idéias, opiniões, compartilhar...
Assim a nossa tarde se passava.

Irmãos maravilhosos, sempre juntos,
Tudo era motivo para brincar...
Um ao outro, chamando por apelidos
Que nos uniam, ao invés de afastar.

Momentos de ternura, inesquecíveis,
Eu não sabia, não podia imaginar
Que eu, por motivos tão incríveis
Um dia abandonaria aquele lar*

Andei fugindo, me afastei, na juventude;
Perdido nos meandros do alcoolismo...
Magoei a todos que me amavam... Estava enfermo!
Andei tão longe, imerso em mim mesmo.
Sem ninguém me esperando, onde ir?
Pensei que a morte fosse a saída, fosse o termo.

Nesse tempo eu pensava na morte,
A depressão calara fundo em mim.
Jesus mudou para melhor a minha sorte.
Fez um milagre! Recuperou-me, eis me aqui.

*  ( ... a continuação desta história você pode ler na Biografia em http://elio.anderson.pro.br/)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Os filhos que estamos criando

Julia & Luiza



Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.
Passou na primeira entrevista e o diretor fez uma última entrevista antes da decisão final.

O diretor percebeu, pelo currículo, que o seu histórico acadêmico sempre fora excelente, do secundário à pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.


Então o diretor perguntou: "Você recebeu alguma bolsa de estudos?" O jovem respondeu: "Nenhuma".

O diretor perguntou: "Foi o teu pai que pagou as mensalidades escolares?"
O jovem respondeu:
"O meu pai faleceu quando tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."

O diretor perguntou:
"Onde trabalha a tua mãe?" E o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupas."

O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos, e este mostrou um par de mãos macias e perfeitas.


O diretor perguntou: "Alguma vez você ajudou a tua mãe a lavar as roupas?" O jovem respondeu: "Nunca; A minha mãe sempre quis que eu estudasse mais, lesse mais livros. Além disso, ela lava as roupas mais depressa do que eu."

O diretor disse: "Eu tenho um pedido.  Vai e cuida das mãos da tua mãe, e amanhã pela manhã volta para conversarmos."


O jovem sentiu que a possibilidade de conseguir o emprego era alta. Chegando em casa, pediu feliz à mãe que o deixasse cuidar das suas mãos. A mãe achou estranho, mas com um misto de sentimentos, deu as suas mãos ao filho para que ele cuidasse.


O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas, e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava enquanto eram lavadas.


Esta era a primeira vez que o jovem percebia este par de mãos que, lavando roupas todo o dia tinha-lhe sustentado até ali. As contusões nas mãos da mãe eram o preço pago pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.

Após acabar de cuidar das mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou o restante das roupas que havia, enquanto a mãe, agradecida, orava.

Nessa noite, mãe e filho conversaram por um longo tempo.

Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor, e este percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e disse-lhe: "Diga-me o que aconteceu ontem.”

O jovem respondeu: "Eu limpei as mãos da minha mãe, e ainda acabei de lavar as roupas que sobravam."


O diretor pediu, "E o que você sentiu, o que aprendeu?"

O jovem disse: "Primeiro, aprendi a valorizar minha mãe. Sem o seu sacrifício, hoje eu não seria um homem de sucesso. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, descobri a dificuldade e dureza do seu trabalho. Em terceiro, conversando bastante com ela, aprendi a valorizar o relacionamento familiar."


O diretor disse: "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros; Alguém que conheça as dificuldades de quem produz, e que, também, não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Você está contratado."

Após isso, com trabalho árduo, o jovem recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.

Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis, vai imaginar-se como o melhor, o primeiro. Vai ignorar os esforços dos seus pais, e, quando começar a trabalhar, vai acreditar que todos devem ouvi-lo e obedecê-lo. Se algum dia alcançar a gerência, não vai saber valorizar os seus empregados e terá a tendência de culpar outros pelos seus próprios erros.

Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um tempo, mas não sentirão a sensação de atingir os objetivos. Vão reclamar, viver cheios de ódio e lutar por mais.

Como pais, como estamos agindo? Ensinamos o nossos filhos a amar, respeitar, valorizar, ou deixamos que eles sejam títeres, pequenos ditadores?

Estamos construindo ou destruindo os nossos filhos?


Você, pai, você mãe, pode deixar o seu filho viver numa ótima casa, comer boas refeições, aprender piano, ver televisão, videogame, computadores pessoais..., mas, quando cortar a grama, por favor, deixe-o experimentar isso. Após  da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs.
Não é porque não haja dinheiro para contratar uma empregada, mas porque ele precisa aprender. Precisa aprender que, não interessa o quão ricos  sejam os seus pais, um dia irão envelhecer, tal como a mãe daquele jovem.

A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a valorizar o esforço de cada um, e o esforço próprio, além de valorizar o trabalho em equipe.

Quais  são as pessoas que tiveram as mãos enrugadas por mim?


(Adaptação)
Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, mesmo depois de velho, não se desviará dele.     
 Provérbios 22.6


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Um anjo chamado Mãe

Claudia e Beatriz

Uma criança pronta para nascer, perguntou a Deus:
- Senhor: dizem que descerei para a Terra amanhã, mas como vou viver lá, sendo assim, tão pequena e indefesa?
E Deus falou:
- Entre muitos, eu escolhi um anjo muito especial para você.  Esse Anjo está lhe esperando e cuidará de você.
A criança, curiosa, continuou:
- Mas, me diga uma coisa, Senhor, aqui no céu eu não faço nada, a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz... Como será lá na Terra?
E Deus, pacientemente falou:
- Seu Anjo irá cantar e sorrir para você.
- A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu Anjo e será feliz.
A criança queria saber mais e perguntou:
- E como vou entender, quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas da Terra falam?
E Deus respondeu:
- Com muita paciência e carinho, seu Anjo vai lhe ensinar a falar.
A criança quis saber mais:
- E o que vou fazer quando eu quiser falar contigo, Senhor?
Deus disse:
- Seu Anjo vai juntar suas mãos e lhe ensinar a orar.
A criança, preocupada, perguntou também:
- Eu ouvi dizer que na Terra existem homens maus. Quem irá me proteger dos perigos?
Deus, então, respondeu:
- Seu Anjo irá defender você, mesmo arriscando sua própria vida.
A criança queria saber muito mais e falou:
- Então serei sempre triste porque não o verei mais, Senhor!
Deus disse:
- Seu Anjo sempre irá lhe falar de Mim. Vai lhe ensinar a maneira de vir a Mim. E Eu, sempre estarei dentro de você!
Nesse momento, havia muita paz no Céu, mas, as vozes da Terra já começavam a ser ouvidas.
A criança, apressada, pediu carinhosamente a Deus:
- Oh, Deus! Se eu este é o momento de ir para a Terra, por favor, me diga...
- Qual o nome do anjo que cuidará de mim?
E Deus respondeu:
- Você chamará o seu Anjo de: MÃE !


Extraído da Internet




CRACOLÂNDIA (O barulho dos trovões, ao longe... 2)


O barulho dos trovões, ao longe
Acordou aquela mãe, que assustada,
Dobrou os seus joelhos, junto ao leito
E orou pelo filho amado: Onde estava?


Desde que se envolvera com o vício
Já não era meigo, amigo, orientado.
Aparecia, às vezes, lá no pátio,
Abatido, mentindo, esfomeado.

Ah, as amizades ajudaram
A levá-lo ao caminho quase sem volta...
Deixou de ser o homem de futuro
Tornou-se joão-ninguém, pedindo às portas.

Cracolândia! Será que lá estaria,
Em algum canto sujo, esparramado?
Estaria cometendo alguns crimes,
Para conseguir o dinheiro desejado?

E aqui, de joelhos, a mãe ora
Pedindo de Deus, pelo filho, “Misericórdia!
Não deixe que o pior lhe aconteça,
Não deixe que no vício ele pereça”.

Ele é tão bom, tão meigo e amado...
Está apenas perdido, dependente
De uma pedra pra fumar... Vive drogado.
Já nem sabe que ainda é jovem, que é gente.

"Se tu podes... Me perdoe, eu sei que podes...
Tira-o agora, inda agora, neste instante,
Dos horrores do vício que o domina,
Livra-o das mãos dos traficantes.

Traze-o de volta à casa, ao meu seio,
Ao lar, que sem querer, abandonou.
E eu o receberei com meu carinho,
O ajudarei a vencer, com meu amor.

E quando, de novo, ouvir soar
Ao longe, o barulho do trovão.
Hinos de louvor irei cantar
Dar graças, pela tua salvação."

__________________________________________________________________________
Você consegue calcular o desespero de uma mãe, ou esposa, que sabe que o seu amado está jogado pelas ruas?

Tenho visto com frequência viciados, inclusive do craque, se libertarem da dependência, voltarem ao convívio das famílias, ao trabalho, retomarem o interesse pela vida.
Quer saber mais a respeito?

Visite: http://esquadraovida.com.br

Abraço.

Velho Pescador
Maio 2012



terça-feira, 8 de maio de 2012

ASSUNTO POLÊMICO?



Professor de climatologia na USP Ricardo Augusto Felício
Professor de climatologia na USP Ricardo Augusto Felício
O professor de climatologia na USP Ricardo Augusto Felício fez doutorado sobre a Antártida e afirma com todas as letras: “o aquecimento global é uma mentira”.

Segundo ele, não existem provas científicas desse fenômeno.

O Prof. Ricardo Augusto Felicio é professor de Climatologia do Depto. de Geografia da USP. Ele é pesquisador da área de Climatologia Antártida e Variabilidade Climática.

O prof. Ricardo mostrou que o nível do mar não está aumentando e que o gelo derrete sim, mas depois volta a congelar, porque esse é o seu ciclo. O professor lembrou ainda que o El Niño, um fenômeno natural, faz esse nível variar cerca de meio metro.
Veja vídeo
Prof. Ricardo da USP:
não há prova do aquecimento global
“O nível do mar continua no mesmo lugar. Primeiro se fosse derreter alguma coisa, teria que ser a Antártida, mas para derretê-la você tem que ter na Terra uma temperatura uns vinte ou trinta graus mais elevados”, explicou o professor que é especialista no clima antártico.

Ricardo também afirmou que o efeito estufa é uma física impossível e que a camada de ozônio é uma coisa que não existe. O professor ainda respondeu perguntas da plateia como se a Amazônia é o pulmão do mundo e se a garoa característica de São Paulo está diminuindo.

Ele fez essas corajosas afirmações com ciência e segurança no Programa do Jô, na Globo, em 02-05-2012. http://www.gloria.tv/flash/player5.swf?video=285847&duration=1696
Fonte: Blog Verde: a nova cor do comunismo

 
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Extraido do
 Sem Medo da Verdade
Boletim Eletrônico de Atualidades - N° 171 - 07/05/2012
http://www.paznocampo.org.br/

segunda-feira, 7 de maio de 2012

PARA FINS MATRIMONIAIS

                                                      


Um amigo do Velho Pescador
Procura uma boa mulher, bonita, distinta, que saiba lavar, passar, cozinhar. 

Que saiba tecer e consertar redes, limpar e preparar peixes.
Que tenha disposição para o preparo de iscas e material da pesca.
Que seja paciente, carinhosa, sorridente e bem disposta.
Que o beije na saída das pescarias e o receba feliz no retorno. Que entenda que a pescaria cansa, portanto, ao voltar, ele não poderia ajudá-la na descarga da tralha, na limpeza dos peixes ou preparo da comida.
Que, no banho, o esfregue com bucha para melhorar a circulação sanguínea e o ame apaixonadamente todos os dias.
Desejável que possua um bom barco a motor e rancho aprazível.



Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...