sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O Caminhoneiro




Nesta longa estrada da vida,
No seu caminhão, com excesso de carga,
detona o asfalto,  foge de assaltos,
E vai destruindo nossas estradas

Evitando os pedágios, pagando os pecados.
Pagando os impostos, o quê vai fazer?
E o frete pequeno, tantas despesas
Cadê dinheiro para abastecer?

Se furar um pneu, adeus sustento...
Os pneus novos tem que financiar.
E o caminhoneiro, tão destemido,
Ainda insiste em trabalhar.

Chegar em casa, depois de dias
Viagem longa, que não rendeu nada.
Matar saudades de sua querida
E sair atrás de uma nova carga

O filho cresceu, e ele nem viu
Quando é que foi que o filho cresceu?
Tão entretido com os fretes e a vida
Ele estava na estrada, não percebeu

O caminhão desgastado, ele envelhecido
O sonho que tinha já foi esquecido
Chegada a hora de se aposentar
E pra estrada querida nunca mais voltar

O coração está machucado
Agora não sabe mais o que fazer
O seu caminhão, sempre bem cuidado,
Ele, aposentado, teve que vender

Velho Pescador                               05/10/2012

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A extinção dos professores.


Lá pelo ano é 2030 de nossa era, uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:  
-  Vovô, por que o mundo está acabando?
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:
-  Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

-  Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?
O velho responde, então, que:
- professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

-  Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?
Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.
-  E como foi que eles desapareceram, vovô?
Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.
Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer "eu estou pagando e você tem que me ensinar", ou "para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você" ou ainda "meu pai me dá mais de mesada do que você ganha". Quando não, iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo "gerenciar a relação com o aluno". Os professores eram vítimas da violência - física, verbal e moral - que lhes era destinada por pobres e ricos.
Viraram saco de pancadas de todo mundo.
Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. "Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular", diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.
Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas "bem sucedidas" eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão - enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.
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Extraído



quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Piadinha - ÁLCOOL E DROGAS



Quatro horas da manhã. Um homem, com andar cambaleante, caminha pela rua escura.

Um carro da polícia se aproxima, e os policiais resolvem averiguar:


 - Onde vai o cidadão a uma hora destas?

 - Estou a caminho de uma palestra...


 - Palestra?! A esta hora? Sobre o quê?


 - Sobre os efeitos do álcool e das drogas no corpo humano; os danos causados pela esbórnia e a farra na degradação da vida amorosa; os impactos negativos sobre o sistema nervoso central e periférico advindos dessa vida desregrada e dos malefícios aos órgãos internos e externos devastados pela ingestão desenfreada de fumo, álcool e drogas ilícitas. 
- Também sobre a vida sem Deus no coração...


 - Ô meu, fala sério! E quem vai dar uma palestra científica a esta hora da madrugada?
 

 - Minha mulher, quando eu chegar em casa...


É isso! Ele tem consciência, mas não tem vergonha!

Recebido pela Internet
Imagem da Internet

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...