segunda-feira, 4 de março de 2013

A Gangorra - Gioia Junior



A Gangorra
Gioia Junior


Quando eu desço, você sobe,
quando eu subo, você desce...
Lá fora dança a gangorra,
desde que o dia amanhece...

Desce e sobe, sobe e desce
num compasso sempre igual:
No centro, um ponto de apoio
prende a tábua horizontal!

Há borrões de sol vermelho
na loira manhã sem par,
e a gangorra não descansa,
sobe e desce sem parar...

A gangorra é como a vida,
nos movimentos que tece;
quando eu desço, você sobe,
quando eu subo, você desce...

Você, que ficou no alto,
não deve de mim sorrir;
você terá que descer,
quando eu tiver que subir!

Imagem Internet


sexta-feira, 1 de março de 2013

Aula de Direito



Aula de Direito


Uma manhã, quando nosso novo professor de “Introdução ao Direito” entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Como te chamas?
- Chamo-me Juan, senhor.
- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.
Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estávamos assustados e indignados porém ninguém falou nada.
- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...
Seguíamos assustados porém, pouco a pouco, começamos a responder à sua pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.
- Não!!
- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou tímidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?
Todos começávamos a ficar incomodados pela atitude tão grosseira. Porém, seguíamos respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado... Para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém... respondam a esta pergunta: agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...
Todos ficamos calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não!! - respondemos todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!!!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?
Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.
Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.

Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia. Então aprenda, solidariedade é tudo.


VINGANÇA?



A vingança do amor

 No distrito de Columbia, nos Estados Unidos, um garoto de 14 anos, membro de uma gangue, assassinou um adolescente inocente como prova de coragem para ser aceito pelo grupo.
No dia do julgamento, a mãe do menino assassinado permaneceu em absoluto silêncio. Parecia indiferente. Sua dor era tão grande que não conseguia se manifestar. Assistiu a tudo, observou tudo, ouviu tudo. Ao final, o jovem foi declarado culpado pelo crime.
Depois que a sentença foi anunciada, aquela mãe se levantou lentamente, fixou o olhar diretamente nele e declarou:
- "Eu vou matá-lo!"
A seguir, o jovem foi levado para a detenção para cumprir sua pena.
Passados os primeiros seis meses de prisão, a mãe do rapaz assassinado foi visitar o assassino.
Antes de cometer o crime, o prisioneiro era um menino de rua, sem família, sem ninguém. A mãe do jovem assassinado era sua única visita.
Eles conversaram por algum tempo, e, ao sair, ela deu a ele algum dinheiro para suprir suas pequenas necessidades na prisão. E essa cena passou a se repetir muitas vezes. A senhora começou a visitá-lo regularmente, levando-lhe comida e presentes. Um dia ela perguntou ao rapaz o que ele pretendia fazer da vida depois que saísse da prisão. Ele ficou confuso e cheio de dúvida. Não havia pensado em nada, ainda mais dentro daquela prisão horrível.
Diante da incerteza dele, a boa senhora lhe ofereceu emprego na empresa de um amigo. Em seguida, como ele não tinha família e nem um lugar para morar, ela lhe disponibilizou o quarto vazio de sua casa para que ele morasse ali temporariamente.
Durante quase um ano o rapaz viveu naquele quarto emprestado e comendo as refeições que ela lhe preparava, enquanto continuava trabalhando na firma do amigo da bondosa senhora.
Numa noite, ela o chamou para conversarem, na sala.
Sentada em frente a ele,perguntou:
- Você se lembra do que lhe falei no dia do julgamento, no tribunal?
- Claro que sim. Jamais esquecerei.     
- Bem, cumpri exatamente o que prometi naquele dia. Eu não queria que o garoto que sem razão matou meu filho continuasse vivo neste mundo. Eu desejei profundamente que ele morresse. Esse foi o motivo que me fez arrumar-lhe um trabalho e permitir que você morasse na minha casa. Foi o modo que encontrei para mudá-lo. E aquele garoto de antes não existe mais, o assassino se foi, e você, se quiser, pode continuar aqui. Eu tenho um quarto vazio e gostaria de adotá-lo, se você concordar.  
Esse é o jeito correto de se vingar de alguém que nos tenha feito um grande mal. Toda pessoa, se receber gotas de amor, acabará reencontrando um sentido para sua vida.
Não existe ninguém irrecuperável. O amor é a força que tudo pode mudar. O amor é o meio de matar o homem velho, viva ele em nosso coração ou na vida de alguma pessoa.

A dor da mãe do menino assassinado parecia incurável.
Então ela resolveu vingar-se... com amor.

 Fonte: Jornal GrupoNew  ano 9 Nº 49

Recebido pela Web
 Imagem Web

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...