quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nada do que foi será ...



Nada do que foi será do mesmo modo fotografado.


Aquele buraco negro simulado de passado,
Levou-me o instante pulsar.

Sugou-me o poema que não li.

Todas as coisas que não vi...

Sugou-me o que fiz e o que não fiz.

Sugou-me também as oportunidades.

Sugou-me as emoções, sentidas e não sentidas.

Sugou-me até o precioso instante sinfonia,
A fragrância de um Oboé de Mozart.

Sugou-me o amor, e em vão,na aflição tentei prega-lo na parede.

Sugou-me a magia de todos os sorrisos e afetos,
Em contraponto, sugou-me também todos os seus contrários.

Lá onde tudo mergulhou na obscuridade
E definitivamente calou-se.

Restando-me apenas pedaços de antiguidades,
Fotografados na retina, na lembrança.

 

 

Lufague.

 

 

 

Luso-poemas

Blog da autora:
http://lufaguefreitas.blogspot.com/

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Obra do acaso

A antiga tipografia estava vazia, pois era final de semana;
Livros e cartazes encaixotados, outros ainda por acabar.
Na segunda-feira o trabalho teria continuidade.
Ninguém poderia imaginar o que estava para acontecer.

Uma grande explosão, seguida de incêndio!

Um vazamento de gás causou a explosão na tipografia
O linotipo ficou retorcido, as duplicadoras destruídas
Os papeis, cartões, cartolinas, caixas e bobinas
Todos queimados pelo incêndio que se seguiu.

O curioso da cena foi ver que os tipos, com a explosão,
foram arremessados na parede do fundo, e,
ao caírem no chão, formavam palavras
que explicavam o motivo do acidente.
Sem a interferência de uma causa inteligente!
       











Imagem web

Eu tenho um amigo prolixo


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Que é muito querido, e educado,
Porém, não consegue manter-se um minuto calado
Se alguém lhe faz uma pergunta, se ele é provocado
Quer explicar tuuuuudo direito, e muito bem explicado.

Ele fala sozinho, ele fala ao povo
Resmunga, se coça, e fala de novo
Parece, na verdade,
que ele não fala
Que as palavras é que saem, mesmo se ele se cala.

De boca fechada, fica ruminando
As palavras na boca estão se formando
Forçando os lábios, para falar
Coitadinha da língua, já vai trabalhar

Calos na língua? Ainda não sei,
Mas estou bem alerta
De ouvi-lo eu cansei

Eu tenho comigo uma suposição:
Se ele dorme, de boca aberta
As palavras, libertas, se lançam ao chão.



terça-feira, 7 de maio de 2013

Preocupação?





Mande a tristeza embora
Descanse, e durma tranquilo
Se a preocupação aparece
Não liga muito pr’aquilo.

A preocupação não tem causa
Ou razão para perturbar
Se tiver jeito, resolva,
Se não tem jeito, é aceitar

Cada coisa em seu lugar,
Cada coisa do seu jeito
Aprenda a descansar
E a fazer tudo bem feito

Se der para resolver, resolva
Se não der, pague o que deve
Mas não perca o teu sono
Você se sentirá mais leve

“Confia no Senhor e faze o bem; habitarás na terra, 
e verdadeiramente serás alimentado.
Deleita-te também no Senhor, 
e te concederá os desejos do teu coração.
Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.
E ele fará sobressair a tua justiça como a luz, 
e o teu juízo como o meio-dia”
Salmos 37:3-6

A Sete Palmos



Tu podes ser milionário
Comprar o mundo à caneta
Podes ser grande empresário
Ir ao topo do planeta

Talvez um artista famoso
Um consagrado poeta
Um general orgulhoso
Ou um renomado atleta

Chegará o dia certo
Na hora que não tem hora
Ninguém sabe longe ou perto
Tu terás que ir embora

Dependendo de quem és
Terás grande funeral
Com discursos e lauréis
Repercussão mundial

Despedida derradeira
Desce a tampa no final
Se é pinho ou cerejeira
Segue o mesmo ritual

No final da caminhada
Deixarás tudo que é teu
Por que não és dono de nada
Nem do corpo que morreu



Imagem: Clip-art

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...