quinta-feira, 23 de maio de 2013

Indo às compras

Recém-casado, ia ao supermercado com a esposa, e comprávamos todas as delícias que víamos, sem preocupação com preço ou composição.

Frutas, verduras, legumes, carnes, peixes, azeites e azeitonas, gêneros de primeira, segunda e terceira necessidade, doces, muitos doces, frios, de todos os tipos, e mais: Tudo que era bom e todas as bobagens deliciosas que eram anunciadas.

Meses inesquecíveis... Cozidos, assados, pizzas, lazanhas, pudins, sorvetes, mais pudins, outros sorvetes, tortas, pudins, etc., etc.!

- Benzinho, vamos preparar uma lazanha?

- Claro... Eu estava mesmo pensando nisso...

Tempo bom! Até ela se encontrar com a balança! Quando menos eu esperava, ela me disse:

- Você engordou!

E eu, disfarçando:

- Que bom. Eu estava tão magro...

Percebi que ela se referia a ela própria, e até elogiei sua silhueta, mas não adiantou.

Supermercado virou um suplício. 

Verduras, legumes, verduras, soja, verduras, frutas e verduras. 
As delícias? Passavam longe! Ficavam nas gôndolas. 

E então EU comecei a emagrecer, até que decidi virar freguês assíduo da confeitaria, para manter a forma (arredondada, lógico!).

Hoje, mais maduro, vamos às compras e eu fico cuidando do carrinho, além de “cuidar” das compras. 

Quando ela pega uma lata de doces, eu pego logo mais duas, sem ela ver, e coloco no carrinho. Quando ela pega algo que eu não gosto, ou acho muito caro, coloco no carrinho errado, e assim vamos vivendo. 

Em casa, na volta das compras, ouço frases como:

- Puxa! Não sei por que comprei dois potes de geléia!

- Eu não lembro de ter pego esse queijo, nem estes bombons...

- A gelatina diet não veio!...

Tirando esses inconvenientes, a vida corre bem. Vivemos tranquilos.

O único inconveniente é que eu não consigo perder peso.
Não consigo entender por que!


quarta-feira, 22 de maio de 2013

Poucas letras



Letras

Eu não escreveria mais, hoje, mas, sobraram-me umas letras no bolso
Então, vou arrumá-las aqui e tentar escrever a teu gosto
Não posso desperdiçá-las, as letras, pois andam tão caras...
E não é sempre que me encontro à vontade para usá-las.

E daquelas que formam palavras? Mais difíceis a cada dia
Então, mãos à obra, vou em frente, tentar escrever poesia
Se não der, bastam as rimas, que soem bem, e agradem
Assim vou usar as palavras, que na minha boca já ardem

Poré
m, as tais letras são poUcas, e eu fico apoquentado
Tentando formar palavras, sentado frente ao teclado
Algumas saem i
ncomplEtas, sE não conSEGUIr rEpor
PrEciso de apoio, urgEntE, ou não poderei compor.


Você tem letras, sobrando? mande-as assim que puder
Se estão a um canto mofando, e eu querendo escrever
Só de Oo faltam quinhentos, de Ss e Rr, uns oitocentos
Sem contar pontos e acentos... Será melhor esquecer?

Espero as vossas remessas, mesmo de fontes diversas...
Mande-as com toda a pressa, e eu vou lhe agradecer.



Velho Pescador


sexta-feira, 17 de maio de 2013

Milagre



Um milagre



Certo dia, passava a comitiva,

levando o corpo morto de um menino

Ao lado, sua mãe, que era viúva,

não sabia qual seria o seu destino



Na vila de Naum estava o Mestre

Jesus, pregando à grande multidão

Porém, o choro sofrido de uma mãe

Profundamente, tocou-lhe o coração



Era um momento triste, de despedida

Aquela mãe não poderia imaginar

Que Jesus Cristo, a Ressurreição e a Vida

Estava próximo, vendo-a chorar



Ele chegou ao lado do caixão

Mandou à procissão, que ali parasse

E, num instante, estendeu a sua mão

Ordenando ao morto que se levantasse



E o menino, entusiasmado, se assentou

E começou a conversar, não tinha dor

E todo o povo que aquilo presenciou

Já proclamava que Jesus é o Senhor



Velho Pescador















Imagem
 

O que é uma avó?



O que é uma avó? A melhor amiga
que vai murchando, como uma flor
que se guarda no livro das lembranças
nas folhas,(memória)escritas de amor.

Sempre a nosso lado, conta histórias
inventadas mas de doçura embaladas,
fábulas educativas ou espirituosas
para lhes ouvir sonoras gargalhadas.

A felicidade estampa-se no seu rosto!
Então ri com os netos, bate palmas feliz.
Agora penso, que já sou bisavó também
que é exatamente o que eu sempre quis.

Idosa, ver os netos e bisnetos é felicidade
que mais novas, nimguém vai vislumbrar.
Mas se Deus o permitir, ter em mais tempo livre
que aos filhos, às vezes não conseguiu dar.

A avó acaba por ser uma boneca nova
para se brincar...Se é permitida a ilusão…
Penteiam, são cabeleireiras, manicure,
as unhas arranjam numa perfeição,

Põem pó de arroz pintam as bochechas
no pescoço estola de pele, laços a seu jeito.
Levam-nas ao espelho, para verem extasiadas
como aquele modelo ficou lindo, perfeito!

As avós abrem a boca de espanto. O! Tanta beleza…
Após, não faltam beijinhos, abraços de ternura,
sempre companheiras, unidas com os netos,
jogam futebol com eles, outra grande aventura!

Ficam estoiradas é verdade, mas superam.
Eles são as estrelas brilhantes na sua vida.
Revivem desde o primeiro filho que tiveram.
Uma bênção que a traz tão feliz e ainda viva!



Vólena é uma excelente poetisa portuguesa, de alma e coração limpos, sábia, doce e sensível.
Uma amiga muito querida, que conheci no Luso-poemas.

Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...