Recém-casado,
ia ao supermercado com a esposa, e comprávamos todas as delícias que víamos,
sem preocupação com preço ou composição.
Frutas,
verduras, legumes, carnes, peixes, azeites e azeitonas, gêneros de primeira,
segunda e terceira necessidade, doces, muitos doces, frios, de todos os tipos,
e mais: Tudo que era bom e todas as bobagens deliciosas que eram anunciadas.
Meses
inesquecíveis... Cozidos, assados, pizzas, lazanhas, pudins, sorvetes, mais
pudins, outros sorvetes, tortas, pudins, etc., etc.!
- Benzinho,
vamos preparar uma lazanha?
- Claro...
Eu estava mesmo pensando nisso...
Tempo bom!
Até ela se encontrar com a balança! Quando menos eu esperava, ela me disse:
- Você engordou!
E eu,
disfarçando:
- Que bom.
Eu estava tão magro...
Percebi que
ela se referia a ela própria, e até elogiei sua silhueta, mas não adiantou.
Supermercado
virou um suplício.
Verduras,
legumes, verduras, soja, verduras, frutas e verduras.
As delícias?
Passavam longe! Ficavam nas gôndolas.
E então EU
comecei a emagrecer, até que decidi virar freguês assíduo da confeitaria, para
manter a forma (arredondada, lógico!).
Hoje, mais
maduro, vamos às compras e eu fico cuidando do carrinho, além de “cuidar” das
compras.
Quando ela
pega uma lata de doces, eu pego logo mais duas, sem ela ver, e coloco no
carrinho. Quando ela pega algo que eu não gosto, ou acho muito caro, coloco no
carrinho errado, e assim vamos vivendo.
Em casa, na
volta das compras, ouço frases como:
- Puxa! Não sei por que comprei dois potes de
geléia!
- Eu não lembro de ter pego esse queijo, nem estes
bombons...
- A gelatina diet não veio!...
Tirando
esses inconvenientes, a vida corre bem. Vivemos tranquilos.
O único
inconveniente é que eu não consigo perder peso.
Não consigo
entender por que!