Giselda
Giselda, ainda era uma franga quando eu trouxe para cá
Giselda, ainda era uma franga quando eu trouxe para cá
Com uma prima, e um galo, soltei-a no meu quintal
Lá ela comia as formigas e o matinho que brotava
Fora os grãos de milho seco que pra ela eu jogava
Meu filho pequenininho a olhava encantado
E com seus passos pequenos a seguia para todo lado
E no quintal, a Giselda, andando devagarinho,
Ciscava pra lá e pra cá comendo muitos bichinhos
A Giselda punha ovos, mas não conseguia chocar
Só uma vez nasceram dois pintos que não conseguiram viver
Os demais ovos, confesso, resolvi aproveitar.
Foram usados na cozinha, os peguei para comer.
Foram usados na cozinha, os peguei para comer.
A Giselda engordou, eu me lembro, coitadinha...
Minha esposa a olhou e a quis lá na cozinha
Não teve negociação, a decisão foi tomada
Com quanta pena eu fiquei daquela pobre galinha
Alí ficou decidido o destino da Giselda
Que provou ser boa galinha até mesmo na panela.
Foi assim que a Giselda desapareceu de cena
Daquela galinha simpática só sobrou um monte de penas.
E o Samuca já grandinho, que o desenlace não viu
Comeu um pouco da canja, e então é que descobriu
Que a galinha Giselda, aquela presença constante
Estava agora no prato, e ele gostava bastante.
Giselda, pobre galinha que andava sempre a ciscar
Quem nunca teve galinha não consegue avaliar
Como é gostosa a canja, e o cozido de galinha.
(Eu ainda tenho penas da Giselda, coitadinha)
Boias de pesca feias de penas. Excelentes na pesca de corimbas
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