quinta-feira, 18 de abril de 2013

Vendo um ótimo cãozinho



Estou vendendo um cachorrinho
De uma raça definida
É um cão “Come&Dorme”
Que só vive enchendo a barriga

Tem cara de mau, o bichinho
Mas não precisa temer
Ele usa os muitos dentes
Apenas para comer

Latir? De vez em quando ele late
Parece fulo da vida
Eu conheço esse latido...
É só para pedir comida

Come e dorme o dia todo,
Quando tudo está bem
Porém, em todas as noites,
Ele decide dormir, também.

Estou vendendo, bem barato
É preço de ocasião
Eu até o troco por gato
(com ele, eu não fico, não!).


Namoro da Terceira Idade

O idoso
Garboso
Guloso
Glutão

Viu a idosa
Bondosa
Vaidosa
Paixão!

No olhar,
Decisão
No falar,
Emoção
Das tripas
Coração

Novos méritos
Novos métodos
Novos médicos
Descobriu

De dietas,
Regimes,
Remédios
Ouviu


O idoso
Nervoso
Explodiu
A idosa,
Esperançosa,
Desistiu!

Ele só,
Ela só...

...E é só!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sublime amor





Os meus olhos choram sem querer
Quando sentem tua presença maravilhosa
E eu, mesmo morto, volto a viver
Através da tua palavra, poderosa.

Sonhos renascem, tenho um novo recomeço
Vejo as belezas de tudo que criaste
Oh, não permitas, jamais, que eu me afaste
De tua presença, benfazeja, eu te peço

É grande o amor que me vai, aqui no peito,
É grande o amor que vem de ti, e me refaz
Eu decidi, vou viver sempre do teu jeito

Eu vou viver, e espalhar a tua Paz
Que minha vida, ao teu nome, seja um preito
Até a morte, pois a vida é fugaz


segunda-feira, 15 de abril de 2013

Hino a Portugal

Ah, como é grande a vontade
De visitar Portugal,
Terra amada,
Encantada,
Ideal.

De lá nos vieram valores
De um povo tão gentil.
Impávido
Culto,
Varonil

Some-se a isso a história
Do seu passado de glória
Heroismo
Erudição
Vitória!

E ainda temos o que aprender
Com a personalidade e firmeza
Constância
Persistência
Fortaleza!



Velho Pescador


sábado, 13 de abril de 2013

Aniversário!


Hoje o nosso blog completa um ano, com 318 postagens, 181 comentários e mais de 66 mil acessos de diversas partes do mundo.
Eu não esperava tanto, e agradeço a cada um, pela presença, pelos comentários e pela amizade.

Obrigado

Velho Pescador.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Por favor, doutor...





Pois é, seu doutor. Nós era da roça, não aprendeu falá bonito. Nós até atropela as concordância...  
 Nós pode não ter muito estudo, mas sempre fizemos o bem.
Uns de nós morava nos sítio, outros nas fazenda. Nós era colono, roceiro, campeador, derriçava café... Isso antes da implantação das usina de álcool, que fez o nosso interior virar um canavial sem fim, e também antes das lei que obrigava os fazendeiro a registrar os colono.
Naquele tempo não tinha esse mundaréu de terra parada, que não produz nada, que tem uns boizinho pra dizer que é produtiva, para não ter o perigo de invasão.
Também não tinha esses movimento de sem terra. Eu fui convidado para participar disso, mas tinha que ficar morando na barraca de lona preta, fazer movimento, viver de esmola... Não é isso que nós quer, doutor. É só política, e nós quer é trabalhar.
Naquela época, não se falava da tal globalização, do tal MERCOSUL... 
Televisão, só com bateria, uma poucas horas que tinha, só nas fazenda. Nem antena parabólica existia.
Mas nós sempre agiu direito.
Nós respeitava até algumas leis que não estavam escrita, como a da-oferta-e-da-procura, que a gente descobriu, era para acertar os preço. Mas essa lei estava nas mão dos atravessador. Quando nós produzia bastante, os preços baixava. Quando a produção era pequena, o atravessador pagava pouco também.
Naquele tempo a vida não era fácil, e nunca foi, NE, seu doutor?
Nós levantava cedo, trabalhava até o sol se por, inclusive de sábado, e, nos domingo também, quando era época de colheita.
Uns de nós trabalhava de-a-meia, outros era empregado do sítio, outros pegava o serviço de empreita. Mas todos trabalhava. Nós vivia bem!
As criança ia para as escola, escola da fazenda mesmo. Passava de ano até tirar diploma de 4ª série. Depois tinha que ir para a cidade fazer o ginásio, o colégio, até faculdade. Alguns até formou seus filho nas faculdade, sim senhor. Tudo às custas do trabalho, que naquele tempo não faltava não, doutor!
Vieram essas medidas econômica, essas coisa que vocês fazem em Brasília (ou será que é porque não fazem?), e a vida ficou complicada.
O sitiante parou de produzir, foi à falência, o coitado, que não conseguiu pagar os financiamento, os empregado.  Os fazendeiro grande não tem mais empregado nenhum. As pessoas que produz não tem mais empregado. Só contrata bóia-fria, assim nós foi tudo pras cidade, pois nem lugar para morar nós tem mais, lá na roça.
Naqueles tempo, nós tinha lugar para morar, criar umas criação caseira, fazer uma hortinha, ter uns pezinho de fruta...
Agora, morar só se for na cidade, na favela, e se alguém quer trabalhar, só acha de bóia-fria.
Trabalhar de bóia-fria não seria tão ruim se tivesse serviço sempre.
Na cidade nós tem que pagar aluguel, contas de luz e água, imposto, passagem nos ônibus, etc., e, quando está fora de época de colher ou plantar, nós não ganha nada. Aí não dá mesmo para pagar isso tudo.
Logo, mesmo na safra de cana não vai ter mais contratação, pois as usina já estão colocando colheitadeira, que tira o serviço de um montão de gente. Igual aos produtor de café, de soja...
Não tem mais trabalho, doutor.
Explico tudo isso para o senhor saber que nós é pobre mas nunca foi bandido.
Faz um tempo, criaram um tal de Estatuto das criança e adolescente, que proíbe as criança de trabalhar. Só pode trabalhar quando tem dezesseis ano, se conseguir, e quase nunca consegue. Aí, acabou a escola, e eles fica na rua, pensando bobage.
Meu filho, o Nirto, ta com quinze anos agora, mas sumiu de casa, depois de pegar e vender as roupa que ele tinha, pra comprar um tal de crack.
Não sei onde ele anda, doutor, mas sei que ele precisa de ajuda.
Ele sempre foi um menino bom, sempre foi obediente.
Acho que é com essas companhia, que ele aprendeu a usar isso e a roubar.
 Só ele, porque os outros irmão não usam, não.
Já foi preso, ficou uns tempo, e nós achava que ele não ia usar mais, mas ele não conseguiu.
A gente conversava com ele, e ele até chorava, mas não consegue se livrar desse vício, e nós não tem como pagar um lugar para ele se tratar,
Estou contando isso para pedir pro senhor, doutor.
Se vocês descobrir onde ele está, traz ele de volta. Não deixe os traficante matar ele não, doutor, porque ele é nosso filho e nós ama ele.
Nós vai fazer o possível para ele se recuperar, e vamos correr o mundo para conseguir internar ele para ele se livrar disso.
Viu, doutor. Ele é um bom menino! 
Não deixa matar ele, não.



terça-feira, 9 de abril de 2013

O Sertão Chora III



Nasceu uma discussão sobre o teor do poema "O sertão chora" onde alguém me chama de preconceituoso, então, respondi em versos.

O sertão chora III

Ah, este mundão é perfeito! O povo é desse jeito,
Cada um tem seu conceito, e o usam para brigar

Se todos fossem iguais seria a maior confusão
Mesmo não havendo ilusão, quereriam se matar?

Politicamente correto é a nova que se reza
E o poeta, que se preza, já nem pode escrever

Eu sou nascido e criado na São Paulo nordestina
E já li muito repente que nos traz muito saber

Porém, se sou questionado naquilo que escrevo nos versos
Pois alguém os crê, perversos, como irei me iludir?

A poesia está acabando, a liberdade murchando
Os bons estão se calando... Eu terei que me omitir?

Não falo mal desse povo, sofrido, sofrendo de novo
Nem sua crença eu reprovo, mas me junto ao seu clamor

Porém escrevi um poema que fala daquele drama
Daquele povo que clama... Sou chamado de agressor?

Para que acabe a seca e a vida não mais feneça
E a água reapareça eu clamo ao Deus do céu

Não escrevi para julgar a ninguém, ou amaldiçoar
Eu não vim para brigar, pois esse povo é o meu


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Convivi com nordestinos, Gente humilde e sincera
Retirantes do sertão em situação de miséria

Quando estavam na penúria comiam do meu feijão
Porém, logo, se arribavam, e desde sempre trabalhavam
Para ganhar o seu pão. E, em tempo nenhum esqueciam
Da amizade que florira, que dormimos no mesmo chão

Comi com eles jabá, galinha de cabidela O arrozinho quirera, a farinha com feijão
Suas portas sempre abertas para me receber em casa. Como eu iria julgar esses queridos irmãos?

Conheci as as suas crenças, respeitei as diferenças,
que porventura houvesse. Isso nunca nos impedia
de festejar, cada dia, o que Deus nos oferece

Eu estranho que alguém sem conhecer a verdade ou saber de onde eu vim
Se sinta livre para achar que escrevi com maldade no início, no meio ou no fim

Aleivosia, você diz? Eu não vivi no sertão, mas o sertão viveu em mim
Eu sou um sujeito leal, e não jogo sujo, não. E por isso estou aqui.



Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...