- Um, Dois, Um, Dois, Um, Dois, Um, Dois...
- Peeeeeeloootãããão: Alto!
- Apresentaaaaar armas!
- Virar à direeeeita!
E os “soldados” obedeciam à risca, na
medida do possível, lógico. Alguns, na hora de “virar à direita”, ficavam
parados outros viravam à esquerda, afinal, naquela idade, nem sabíamos o que
seria direita ou esquerda.
As armas eram cabos de vassouras, ou de
guarda chuvas, ou pedaços de bambu. Qualquer coisa servia.
- Permissão para falar, Sargento!
- Permissão concedida. Fale!
- Agora é a minha vez de ser sargento!
- Não! Volte para o seu lugar.
- Então eu não brinco mais...
E, lá se ia aquele soldado, abandonando
as fileiras, no que era seguido por uma parte da turma, desfalcando o pelotão.
A coisa chegava a um ponto, que o
Sargento ficava sozinho, pois não queria “largar o osso”, como se diz
popularmente.
As outras crianças iam, então, brincar de
bolinhas, ou futebol, ou esconde-esconde, ou qualquer outra brincadeira, e o sargento
ficava por ali esperando uma oportunidade de entrar para a nova brincadeira,
nem que fosse como recruta.
O que não valia era ficar sozinho vendo
os outros brincarem. Importava participar.
Bons tempos, aqueles!