sábado, 29 de junho de 2013

Ganância





Ganância – saco sem fundo, em constante vazamento
Nem todo o ouro do mundo chegará a ser bastante
A ambição desmedida busca um preenchimento
Que não se pode aplacar com cifrão ou diamante

A alma não é um cofre, nem tampouco caixa-forte
Dinheiro e bens funcionam como simples distração
Quem não se sente feliz e sempre se queixa da sorte
Quer na bolsa de valores encontrar compensação

Uma corrida sem fim, desgastante roda viva
Amealhando tesouros pelo poder e vaidade
Feliz quem acha motivos para sorrir e cultiva
a alegria e a paz na própria simplicidade

Angela Maria



Angela Maria, ou Angelmar, é uma excelente poetisa, que escreve como eu gostaria de escrever, então, de vez em quando colho uma de suas pérolas no Luso-poemas e publico aqui.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Safadeza da presidência ou do MPL?



Pulando a fogueira, ia ia


Com atraso de pelo menos 10 dias, a presidente Dilma que mostrar ao povo brasileiro que é chegada ao diálogo e que quer entender a voz que vem das ruas. Para isso Dilma vai se reunir hoje pela manhã com representantes do Movimento Passe Livre, que iniciou as manifestações, só que com aquele vandalismo e violência que se viu em São Paulo. Bem verdade que esse foi o início de tudo, mas Dilma vai conversar com um movimento que já não é protagonista das manifestações, aliás, abriu mão ao anunciar que as “manifestações foram tomadas por uma direita fascista” – que pede fim da corrupção, mais educação, saúde, segurança, enfim, agendas que de certo o MPL considera fascista.
E agora por mais que o Movimento queira retomar o protagonismo, não há mais espaço e ainda pode provocar nova onde de protestos. Uma das líderes do MPL disse aos jornais que agora que conseguiram reduzir a tarifa de ônibus, a luta deve ser pela reforma agrária, pela reforma urbana, pelo fim do latifúndio urbano. Reivindicações que não fazem parte da agenda dos manifestantes que estão lotando as ruas brasileiras há uma semana.
Dilma quer passar a imagem de que dialoga com os manifestantes, mas escolheu a representação errada. Mais uma vez Dilma erra, e a menos que vá promover por decreto o fim da cobrança de tarifas no transporte público, a reforma agrária e urbana, colocará mais lenha nessa fogueira.
Na parte da tarde a presidente se encontrará com governadores e prefeitos. Dilma vai dizer que eles precisam melhorar a qualidade dos serviços públicos e escutará que os governos e prefeituras não possuem condições para isso.
Dilma é desastrada demais para pular a fogueira!

Publicado em às hs. no Prosa & Política

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Na verdade, o governo do PT escolheu o Movimento Passe Livre para conversar, pois são sócios!
O MPL não representa a sociedade que saiu às ruas, e não vai apresentar o que essa mesma sociedade pediu. 
O MPL não vai falar sobre a PEC 137, que quer impedir que os corruptos sejam investigados, não vai falar sobre a corrupção, sobre os impostos abusivos, sobre a diminuição do número de senadores, deputados, vereadores, e etc. Nem sobre a mordomia política.
Vai falar sobre o que a Dilma, o PT e seus braços, MST, MTST e tantas outras siglas querem.

Abraço.
Velho Pescador

quinta-feira, 20 de junho de 2013

O Brasil está mudando?



O Brasil está mudando?

Temos visto, em centenas de cidades, passeatas, manifestações, e, quase regra geral, vândalos destruindo bens públicos e particulares, desobedecendo às leis, à civilidade, e depois, acusando a polícia de “excesso”. Manifestantes tentam furar a barreira formada pela polícia, agredindo, apedrejando, e se, no revide, sofrem qualquer golpe, acusam a polícia de agir com excesso.
A polícia agiu com excesso? Com certeza, em alguns momentos, sim!
Algumas fotos chocam, como aquela, de Belo Horizonte-MG, onde punks destruíam uma bandeira brasileira, onde haviam escrito um termo chulo. Nenhum outro manifestante tentou impedir aquilo. Não vi uma crítica a respeito.
Noutras fotos, vê-se a destruição, e saque, no comércio em geral, desde redes de lanches, a bancos e eletroeletrônicos.

Entre os vândalos, havia, segundo noticiado, um sujeito cujo pai é empresário do ramo de transporte público. Não duvido!

Um estudante de Arquitetura pichando e destruindo um edifício tombado pelo Patrimônio Histórico.

Eles não precisam de motivo. Aproveitam a indignação popular para agirem segundo seus apetites.

Pelo que se diz, uma organização patrocinada por empresas estatais, começou o chamamento às manifestações, e o povo, cansado de tanta corrupção e desmandos, foi às ruas.

Ontem, 19/06, o governador do Estado de SP, e os prefeitos das Cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, anunciaram a suspensão do aumento dos transportes coletivos, mas não creio que isso seja o suficiente para parar o movimento, pois esse movimento interessa a forças e projetos políticos de alguns, não só do Brasil.

E o povo? Massa de manobra?
E o futuro? Fortalecimento do bolivarianismo?
Que tipo de mudança podemos esperar com tudo isso?


Velho Pescador

“Não admitirás falso boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa. Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. “
Êxodo 23:1-2

terça-feira, 18 de junho de 2013

Um pouco da minha história, em áudio.


Fui convidado a testemunhar na Comunidade Alcançar, de Atibaia, pelo Pastor René Anderson.
O áudio foi disponibilizado na página:

Aproveite, e visite o blog da Comunidade Alcançar:

comalcancar.blogspot.com.br





 alcoolismo, abandono, fuga,vicio, suicídio

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Que susto!



Sexta-feira passada, dia de folga depois do feriado, aproveitei para ir à ótica para ajustar uns parafusos de “minha bicicleta”.
Ao chegar, vi um senhor limpando as portas de vidro e as vitrines da loja.
Percebi que ele fazia o trabalho com muito cuidado, e, ao entrar, cumprimentei-o, ao que ele disse:

- Cuidado. Não vá escorregar. O chão está respingado.

Agradeci, e fui ao encontro do atendente, que, solícito, me ofereceu um cafezinho enquanto ele procederia o ajuste.
Fiquei ali de cinco a dez minutos, admirando as armações, óculos e demais aparelhos óticos, prestando atenção ao limpador de vidros, que continuava sua faina, e era muito competente.
Eu me esforçava por enxergar alguma mancha ou sujeira, mas nada via. Só suas mãos, uma segurando um rodinho com esponja, e a outra com um pano de algodão branco, bem branco.


- Pronto, cavalheiro. Seus óculos estão prontos. Veja se está bem, por favor.

- Perfeito... Obrigado!

Experimentei os óculos e vi que estava tudo perfeito. Me despedi do rapaz, e, ao sair, vi  que o sujeito limpava o vidro, próximo à parede lateral. Virei para ele, sorrindo e desejei-lhe:

- Tenha um bom dia.

Então... PLUM!  PLUM!  PLUM!


Tudo estremeceu...

Dei com a cara na porta de vidro, que o homem havia fechado para limpar o canto próximo à parede.   Parecia que ia destruir a loja, tamanho foi o barulho!

O limpador deu um pulo, e, com o pano branco, veio limpar o vidro, no lugar onde eu me chocara. Poderia haver uma mancha, e ele tinha que limpar, afinal, era para isso que ele ganhava.

Não quebrei a porta e nem destruí a ótica.
Meus óculos não sofreram danos
Não machuquei o nariz e nem fiquei com um “galo” na testa.
Além do vendedor e do limpador, ninguém mais viu,

E o melhor: Não doeu!

Foi só o susto!



terça-feira, 28 de maio de 2013

Viajando com os sobrinhos

Viajando com os sobrinhos

Meu irmão mais velho morava em Curitiba, com esposa e 4 filhos pequenos, então entre 4 e 11 anos, e viajava duas a três vezes ao ano para São Paulo, onde morávamos.
Naquele ano, durante as férias, deixou os filhos na casa da avó, por uns dias, ficando minha irmã, a caçula, então com 18 anos, responsável por levar as crianças de volta, de ônibus.
Parece fácil, não é?
Vejam o que aconteceu.

A tia Olga, sentada junto à sobrinha mais nova.
Do outro lado do corredor, a sobrinha mais velha, já mocinha, comportadinha, sentada ao lado da terceira, então com seis anos.
O meu sobrinho, o segundo, um piá arteiro (não vou citar o nome, senão o Marcelo briga comigo), que inventava coisas inimagináveis (depois eu conto mais algumas...), vinha no banco atrás da tia.
A viagem prosseguia, cansativa, e, na parada de ônibus, por não ser horário de almoço ou janta, o motorista avisa:

- Trinta minutos...

As crianças quiseram descer, e lá foi a tia Olga.
Um salgado para uma, um doce para outra, sorvete, mas o menino insiste:

- Quero arroz com feijão e carne!

A tia avisa:

- Nâo dá tempo, Marcelo. Coma um lanche desses...

E ele insistia naquilo. Depois de muita insistência, ele resolveu aceitar um salgado, um refrigerante, e todos embarcaram.
Lá pelas tantas, eis o Marcelo comendo um pedaço de chocolate. Sua irmã pede-lhe um pedaço, e ele responde, com seu sotaque sulino, apontando uma senhora lá atrás:

- Fica olhando para ela, que ela te dá chocolate!

A tia Olga nunca mais quis viajar com muitos sobrinhos de uma só vez.
Muita responsabilidade (rs)... 




Exagerada!

Pois é! Tem um monte de histórias de pescador, e muitos dizem que é mentira, mas eu me calo. Quem sou eu para julgar?  Hoje eu...